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Quarteto da seleção rende cerca de R$ 224,5 mi para quem pagou bagatela

Perrone

09/09/2014 06h00

A seleção brasileira que enfrenta o Equador nesta noite nos Estados Unidos tem pelo menos cinco exemplos de como o atoleiro financeiro ou uma avaliação errada sobre seus jovens jogadores fazem os clubes nacionais deixarem de ganhar dinheiro.

David Luiz, Marquinhos, Everton Ribeiro, Philippe Coutinho e Fabinho foram vendidos por equipes em que atuaram nas categorias de base por preços que podem ser considerados pechinchas. Só Fabinho ainda não engordou os cofres de quem apostou nele, o Rio Ave (Portugal), que emprestou o lateral para o Monaco.

Já o quarteto formado por Marquinhos, Everton Ribeiro, David Luiz e Philippe Coutinho rendeu para Corinthians, formador dos dois primeiros, Vitória e Vasco cerca de R$ 32,3 milhões. Suas revendas geraram aproximadamente R$ 224,5 milhões. Nesse valor, o blog não incluiu a compra de David pelo PSG por já ser a segunda grande negociação envolvendo o atleta.

Por sua vez, Fabinho teve os valores de sua transferência para o Rio Ave, de Portugal, em 2012, mantidos em sigilo pelo Fluminense. Porém, o balanço de 2012 divulgado pelo clube mostra que naquele ano entraram nos cofres tricolores R$ 14,1 milhões referentes à negociação de atletas. Parte das vendas foi parcelada, assim, essa quantia não representa o montante total arrecadado.

Veja abaixo cada caso.

David Luiz – De acordo com reportagem do site da ESPN, por precisar de dinheiro o Vitória vendeu o zagueiro em 2007 por 2 milhões de euros (R$ 5,8 milhões na cotação atual) para o Benfica. Os portugueses tiveram tempo para deixar o brasileiro se desenvolver. Hoje no PSG, Davis se transferiu em 2011 para o Chelsea pelo equivalente à aproximadamente R$ 86,5 milhões.

Marquinhos – Deixou o Corinthians em 2012 para jogar na Roma por cerca de R$ 15 milhões. Aproximadamente um ano depois, os italianos se refestelaram com por volta de R$ 104 milhões pagos pelo PSG para ter o brasileiro, de acordo com a imprensa europeia. A negociação até hoje provoca debates acalorados no Parque São Jorge. Dirigentes afirmam que só fizeram a venda porque Tite afirmou que não havia espaço para o zagueiro no clube. O treinador não nega que deu sinal verde para a saída do jogador, mas declara que os cartolas tinham a mesma opinião que ele.

Philippe Coutinho – Tratado como jovem promissor em São Januário, foi vendido em para a Inter de Milão, em 2008, quando ainda estava nas categorias de base, por cerca de R$ 10 milhões divididos em três parcelas anuais. Só se transferiu em 2010, depois de completar 18 anos. Em 2013, a Inter vendeu o brasileiro para o Liverpool por aproximadamente R$ 30 milhões.

Everton Ribeiro – Hoje destaque no Cruzeiro, o meia ficou quase sempre em segundo plano no Corinthians. Foi emprestado para o São Caetano e vendido em 2011 ao Coritiba por R$ 1,5 milhão. Em 2013, o clube de Belo Horizonte pagou R$ 4 milhões por 60% de seus direitos econômicos. O atual líder do Brasileirão já teria recusado uma oferta de R$ 24 milhões do Qatar pelo ex-corintiano.

Vale lembrar que os clubes considerados formadores têm direito a pelo menos uma parte da quantia reservada pelo mecanismo de solidariedade da Fifa. A regra disponibiliza 5% do valor de cada transferência internacional para serem divididos entre os times em que o jogador atual entre 12 anos e 23 anos.

 

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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