Fim de pagamento para quem atua por rival é exigência de eleitor corintiano
Perrone
28/12/2014 10h58
Um grupo de sócios do Corinthians, em boa parte formado por membros da Gaviões da Fiel, condiciona seu apoio a um dos candidatos à presidência do clube à promessa em público de que 17 exigências serão cumpridas.
Líderes do movimento, chamado "Só Corinthians", já se encontraram com um dos candidatos de oposição, Ilmar Schiavenato, mas não definiram apoio a ele porque não obtiveram garantia de que suas propostas serão abraçadas.
Entre as reivindicações, está o compromisso de que o próximo presidente não vai mais pagar parte do salário de jogadores emprestados a outros clubes. Em 2014, o alvinegro gastou cerca de R$ 1,8 milhão por mês com atletas nessa situação. O mais caro deles é Alexandre Pato, que leva mensalmente R$ 400 mil do Corinthians e a mesma quantia do São Paulo.
O grupo também exige que o clube não negocie com empresários que sejam conselheiros como já manda o estatuto corintiano. Esse é o caso de Fernando Garcia, membro do Conselho Deliberativo e irmão do candidato Paulo Garcia, também da oposição. Fernando tem participação nos direitos econômicos de Malcom, além de outros jogadores. Mais um pedido é para que os atletas das categorias de base sejam 100% clube.
Há também propostas que atendem aos interesses das organizadas, como queima de fogos na entrada em campo e nos gols do time, volta das bandeiras ao estádio e o uso apenas de segurança particular na arena da equipe. No entanto, essas medidas não dependem exclusivamente do clube. São de competência dos órgãos de segurança. O movimento, no entanto, não tem ligação com a direção da Gaviões da Fiel.
Para divulgar suas ideias, o "Só Corinthians" encontrou uma forma criativa. Criou uma chapa fictícia, com o candidato imaginário à presidência Miguel Bataglia, um dos fundadores do clube. Neco, um dos principais ídolos da história alvinegra, aparece como vice.
Leia na íntegra abaixo as propostas do "Só Corinthians".
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.