Conselheiros do São Paulo, de oposição, articulam para tentar convocar uma assembleia extraordinária do Conselho Deliberativo. Um dos objetivos é esclarecer o atrito entre clube e Puma, com envolvimento de Cinira Maturana, namorada de Carlos Miguel Aidar.

A ideia é convidar dirigentes envolvidos, Cinira e funcionários da Puma para esclarecer o imbróglio. Para isso, precisam recolher 50 assinaturas. Mesmo se conseguirem, os convidados não são obrigados a comparecer.

A Puma alega que tinha um pré-contrato assinado com o São Paulo e que não foi respeitado. Aidar rebate afirmando que se tratava apenas de uma carta de intenções, mas que o clube decidiu não assinar com a empresa, sem ferir as regras do acordo.

A fabricante de material esportivo diz ainda que, depois do pré-contrato assinado, Aidar indicou sua namorada para cuidar da transição entre Penalty e Puma. O presidente, no entanto, afirma que ela participou desde o início.

Os representantes da Puma acreditam que a empresa foi prejudicada e estudam entrar com uma ação na Justiça contra o São Paulo.

Nesse cenário a oposição, que hoje tem como principal ala o grupo de Juvenal Juvêncio, quer saber se a direção tomou alguma atitude que faça o clube levar prejuízo. E se a empresa crê que foi preterida por se recusar a pagar comissão para Cinira. Pretende também esmiuçar a relação da namorada do cartola com o São Paulo. Conselheiros devem pedir que Aidar entregue o contrato feito com sua namorada para ser examinado.

O dirigente diz que ela teria direito a 20% dos acordos que apresentasse ao clube, mas que não apresentou nenhum e nem vai apresentar.

Uma corrente da oposição também olha com lupa o estatuto do tricolor para saber se Aidar desrespeitou as regras do clube ao firmar contrato com sua namorada.