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Até loja da Nike gerou desavença no estádio do Corinthians

Perrone

17/02/2015 11h46

Atraso na construção de uma loja da Nike engrossa a lista de problemas de relacionamento entre os parceiros na arena do Corinthians e ajuda a frear o potencial de receita da casa alvinegra.

Antes mesmo de o estádio ser construído, o Corinthians se comprometeu contratualmente com a Nike a dar um espaço na arena para que a empresa explorasse a venda de uniformes do clube.

Porém, o fundo que controla o estádio e que tem representantes da Odebrecht, da Caixa Econômica e do Corinthians entendeu que o alvinegro não tinha o poder de assinar um contrato diretamente com outra empresa. O entendimento é o de que todos os acordos precisam passar pelo fundo. Ou seja, o compromisso assumido com a Nike não teria validade.

Dirigentes corintianos chegaram a dar como certo que a fornecedora de material esportivo havia desistido de continuar brigando pela loja e que não queria mais se instalar no estádio.

Indagada pelo blog se a empresa havia desistido da loja, a assessoria de imprensa da fábrica respondeu o seguinte: "a Nike não comenta planos de expansão de lojas e reitera a excelente relação com o Sport Club Corinthians Paulista. A marca reforça ainda que estuda várias possibilidades para alavancar a marca do clube no Brasil e internacionalmente".

Segundo uma fonte ligada à grife esportiva e outra vinculada ao fundo de investimentos, um acordo foi selado, e a loja vai sair do papel.

A assessoria de imprensa do Corinthians para a arena disse que a administração do estádio nunca foi informada sobre o cancelamento e que o projeto segue como inicialmente.

A Odebrecht deixou o espaço reservado para o ponto de vendas, mas é a Nike que tem a obrigação de erguer as paredes e providenciar o acabamento.

A fornecedora de uniformes paga royalties ao Corinthians pela venda de produtos ligados ao time, assim, a demora para a inauguração trava mais uma fonte de receitas do estádio. O clube reclama que não consegue explorar algumas propriedades, como camarotes, por causa do atraso na conclusão das obras da arena. A previsão agora é de que o estádio fique completo só em abril.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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