Corinthians diz a agente de Malcom que renovação não dificulta saída
Perrone
27/04/2015 16h15
A diretoria do Corinthians espera voltar a conversar com Fernando Garcia, agente de Malcom e dono de parte dos direitos econômicos do atleta, ainda nesta semana sobre a renovação antecipada do contrato do jogador. O acordo para o novo vínculo estava acertado verbalmente até que Garcia, que também é conselheiro licenciado do clube, voltou atrás na semana passada. Ele alegou que não é interessante para seu jogador permanecer na equipe sem ser aproveitado frequentemente por Tite.
Por sua vez, a direção do clube descarta pedir ao treinador que escale mais o jovem revelado em suas categorias de base. E afirmou ao agente que não pode interferir nas decisões técnicas de Tite. Porém, esclareceu que a renovação não impediria a venda de Malcom no meio do ano, caso apareça uma proposta interessante. Ou seja, os cartolas se comprometem a não pressionar o eventual comprador a pagar a cláusula penal. Seria levado em conta o valor de mercado do jogador. Vale lembrar que o Corinthians tem 30% dois direitos econômicos do atacante.
A sensação dos dirigentes é de que Garcia procura alguém disposto a fazer uma boa oferta pelo atacante para depois da Libertadores. Se isso não acontecer, a renovação seria facilitada.
A desvantagem de renovar agora para o agente é o fato de a multa rescisória que é hoje de 15 milhões de euros subir. Por outro lado, para o atleta, a vantagem de esticar seu vínculo, que termina em maio de 2016, é ganhar um substancial aumento.
Garcia pediu em fevereiro licença de um ano do Conselho Deliberativo do clube. O estatuto corintiano diz que os conselheiros devem "velar pelos interesses do Corinthians" e pelo cumprimento das normas estatutárias. As regras do clube também proíbem os membros do Conselho Deliberativo de terem relação profissional com o Corinthians na condição de empresário ou procurador de atletas.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.