Paciência da cúpula do São Paulo com Sabella está no fim
Perrone
21/04/2015 10h50
A paciência da cúpula do São Paulo com Alejandro Sabella está no fim. Por isso, o clube cobra uma resposta imediata do treinador sobre se aceita trabalhar no Morumbi.
Para parte dos cartolas são-paulinos, o ex-técnico da Argentina está enrolando e a demora pode comprometer o restante da temporada tricolor. Eles pressionaram o vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro e o presidente Carlos Miguel Aidar, que concordaram com os argumentos e decidiram apressar o argentino.
Também pegou mal o fato de Sabella ter reclamado de que informações sobre a negociação vazaram na imprensa. Dirigentes próximos a Aidar entendem que o treinador não deve alimentar conflitos, mas ser objetivo em relação à proposta.
O principal motivo para a pressa é o entendimento de que Sabella vai precisar de mais tempo do que um treinador brasileiro para se adaptar ao clube.
A demora também gera crítica ao vice de futebol Ataíde Gil Guerreiro por não conseguir solucionar o problema rapidamente. A operação para substituir Muricy Ramalho tem sido considerada um desastre por gente da própria diretoria, principalmente pelos que já criticavam o trabalho do vice. O fato de ele ter dito à Folha de S. Paulo que já tinha o "sim" de Sabella, Luxa e Abel Braga, mas até agora não ter acertado com ninguém é um dos exemplos citados pelos críticos. Outro é a declaração de Aidar descartando Abel logo depois de Ataíde dizer estar negociando com ele.
A pressão de conselheiros por uma definição rápida fortalece Luxemburgo no Morumbi. Os que querem o treinador do Flamengo argumentam que ele seria capaz de arrumar o time muito mais rapidamente do que Sabella.
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Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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