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Venda frustrada de Rodrigo Caio vira munição para oposição do São Paulo

Perrone

05/07/2015 08h59

 

No momento em que enfrenta críticas públicas de seu treinador, a diretoria do São Paulo deu mais munição para a oposição com a fracassada transferência de Rodrigo Caio para a Europa.

Os oposicionistas afirmam que Carlos Miguel Aidar deu com os burros n'água porque não seguiu uma regra simples de seu antecessor. "Só deixe o jogador viajar depois que o contrato de venda estiver assinado e o dinheiro recebido", costuma dizer o ex-presidente Juvenal Juvêncio.

Porém, Rodrigo Caio foi para Valencia e não se acertou com o time espanhol. O clube brasileiro teve que proteger a imagem do atleta, após a imprensa espanhola afirmar que ele não passou nos exames médicos. A informação é contestada pelo São Paulo, que afirma terem sido divergências contratuais que impediram a negociação. A direção tricolor alega que o problema não teve a ver com o São Paulo, mas aconteceu por diferenças entre o estafe de Rodrigo e o Valencia. Assim, os são-paulinos não teriam culpa no episódio, diferentemente do que dizem os oposicionistas.

De Valencia, o jogador foi para Madrid, onde ouviu e reusou proposta de empréstimo feita pelo Atlético, retornando para o Morumbi. Nesse ínterim, enfraqueceu o elenco do São Paulo.

A oposição agora alega que Rodrigo Caio saiu desvalorizado do episódio, quebrou seu ritmo de treinamentos e pode retornar o time abalado emocionalmente.

Independentemente disso, a fracassada operação dá margem para mais reclamações do treinador Juan Carlos Osorio, que critica o desmanche promovido pelo clube. Ele não perdeu o jogador de vez, mas sofreu com uma baixa temporária e desnecessária. Não é demais lembrar que outros atletas já fizeram exames médicos para clubes estrangeiros sem sair do Brasil. E que as facilidades tecnológicas permitem serem concretizadas transações sem que o atleta precise viajar.

 

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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