Marin não se opõe à quebra de sigilo fiscal e bancário
Perrone
23/09/2015 06h00
Atualizado às 16h23
A CPI do Futebol aprovou nesta quarta a quebra do sigilo bancário e fiscal de José Maria Marin. Porém, antes mesmo de saber o resultado, o ex-presidente da CBF já tinha decidido que não tentará impedir na Justiça que seus dados sejam entregues aos senadores.
Na semana passada, o cartola discutiu o assunto com seus advogados, que o visitaram na prisão na Suíça. Ele ouviu que poderia ser estratégico tentar impedir a quebra, mas que Marco Polo Del Nero, seu sucessor, sofreu derrota com manobra semelhante.
Marin, então, respondeu que não tem nada a esconder e dispensou seus defensores de tentarem recorrer contra a medida.
Del Nero teve um pedido para impedir a quebra de seu sigilo negado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Para os advogados de Marin, com a decisão de não se opor à quebra, o dirigente reforça sua tese de inocência nas acusações de conspiração para lavagem de dinheiro e envolvimento em esquema de propina na venda de direitos de transmissão de jogos feitas pela Justiça americana. No entanto, eles não fazem comparações com a decisão de Del Nero por considerarem diferentes as situações de quem está na presidência da CBF e de quem já saiu dela.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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