Marciel pode virar 'novo Marquinhos' no Corinthians?
Perrone
26/01/2016 09h17
Em 2012, com o aval de Tite, o Corinthians vendeu o zagueiro Marquinhos para a Roma por 5 milhões de euros. No ano seguinte, o clube italiano repassou o jogador para o PSG por 35 milhões de euros. O Corinthians ficou com uma fatia de 10% na revenda. O caso voltou a ser lembrado no Parque São Jorge com o empréstimo de Marciel para o Cruzeiro, que emprestou Willians ao alvinegro.
Conselheiros oposicionistas e situacionistas temem que o time mineiro exerça a opção de compra ao final do empréstimo do volante e depois revenda o jogador por muito mais dinheiro para a Europa.
"Comercialmente o negócio não foi bom para o Corinthians. Espero que o clube tenha tomado todas as precauções para que a negociação do Marciel não se transforme num novo caso Marquinhos. Fico admirado de o Tite, com a moral que tem no clube, deixar acontecer um negócio desses", disse o conselheiro Fran Papaiordanou.
Uma das principais promessas da base alvinegra dos últimos anos, Marciel teve 50% de seus direitos adquiridos, depois da Copa São Paulo de 2015, em dez parcelas de R$ 150 mil, após um período de empréstimo gratuito. Na ocasião, o departamento de futebol profissional avaliou que o atleta tinha um potencial acima da média e determinou a compra. Hoje, porém, a avaliação é de que ele não teria espaço no time principal.
Já o Cruzeiro tinha o nome de Marciel numa lista de atletas de outros clubes que interessavam em caso de troca. A diretoria cruzeirense não revela o valor, mas diz que conseguiu colocar no contrato um preço que pode pagar pelo volante ao final do empréstimo, em dezembro.
A intenção do time mineiro é contratar jovens jogadores que possam firmar longos contratos com o clube. Ou seja, se for bem, Marciel não deve mais voltar ao Corinthians.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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