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África do Sul jogou mais do que se esperava. E o Brasil muito menos.

Perrone

04/08/2016 17h53

Brasil x África do Sul, pela primeira rodada da Rio-2016, nesta quinta, foi aguardado como o jogo de um time do qual se esperava muito contra outro do qual quase nada era esperado.

E foi o confronto de uma seleção em que praticamente todos atletas parecem ter jogado tudo que sabem diante de um adversário em que a maior parte do elenco rendeu menos do que poderia.

Brasília viu uma seleção capaz de trocar passes com velocidade, diminuir espaços do rival, marcar com eficiência um astro do futebol mundial e ainda executar alguns lances de habilidade. Essa equipe bem armada taticamente encarou um adversário desarrumado, lento na transição do ataque para a defesa e nas trocas de passes e mal nas finalizações.

Para surpresa geral, a boa equipe (não brilhante) descrita nas linhas acima foi a africana, diante de uma seleção brasileira muito abaixo do esperado. Não bastasse a dificuldade coletiva, individualmente, quase todos jogaram menos do que podem. Principalmente Renato Augusto, Neymar, Gabigol, Felipe Anderson e Gabriel Jesus.

Os papéis só se inverteram com a expulsão de Mvala, aos 14 minutos do segundo tempo. Apenas com um jogador a mais os donos da casa conseguiram trocar passes com rapidez, encontrar buracos na defesa rival e criar uma série de chances. Neymar e Jesus, então, melhoraram muito seus desempenhos.

Só que foram prejudicados por erros de finalização e defesas do goleiro Khune.

O 0 a 0 mostrou que o técnico Rogério Micale terá que suar muito a camisa para transformar o sonho olímpico em realidade. A estreia olímpica em casa começou com um pesadelo.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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