O que trava a negociação do Corinthians por atacante do Criciúma
Perrone
11/08/2016 06h00
A negociação do Corinthians com o Criciúma por Gustavo, artilheiro da Série B do Campeonato Brasileiro, está travada por causa de uma diferença de R$ 3,5 milhões.
Como mostrou o UOL Esporte, o time catarinense, ao ser consultado, informou ao alvinegro que só liberaria o jogador por R$ 12 milhões, valor da multa rescisória, e o clube paulista pretendia gastar até R$ 5 milhões por 100% dos direitos econômicos do atacante.
Para tentar viabilizar a compra, o Corinthians acenou com R$ 2,5 milhões por uma fatia de 50%, mas o Criciúma calcula que nesse caso deve receber a metade da quantia referente à multa, ou R$ 6 milhões, conforme apurou o blog. A diretoria corintiana não confirma a negociação, mas pode chegar até R$ 3 milhões pela metade dos direitos econômicos de Gustavo.
Sabendo do interesse do time de Santa Catarina em Alan Mineiro, que não emplacou em seu empréstimo ao América-MG, o Corinthians sinalizou que emprestaria o meia de graça, pagando seus salários de aproximadamente R$ 60 mil mensais, caso ficasse com Gustavo. O Criciúma estudava bancar metade da remuneração de Alan, mas a vinculação dele na negociação pelo atacante acabou emperrando também a situação do meia.
Alan ainda tem condições de defender outra equipe nesta temporada, pois o regulamento de transferências da CBF, alinhado ao da Fifa, só impede o atleta de atuar por três equipes no mesmo ano em competições nacionais organizadas pela CBF. Mineiro não disputou o Brasileiro pelo Corinthians.
Além da falta de acerto em relação ao valor a ser pago, o clube paulista também enfrenta a concorrência de outras equipes brasileiras que estão de olho em Gustavo e tentam manter o interesse em sigilo. O blog não obteve a confirmação de outros clubes que já tenham feito proposta oficial pelo autor de 11 gols na Série B deste ano.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.