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Encostado por Cuca, Felipe Melo já tem nome trabalhado no Galatasaray

Perrone

29/07/2017 11h25

Logo após saber do afastamento de Felipe Melo do jogo contra o Avaí neste sábado e que dificilmente o volante permanecerá no clube, o Galatasaray deixou aberta a possibilidade de trazer o brasileiro de volta. A um interlocutor do jogador, a direção do clube turco disse ter interesse no retorno. Primeiro, porém, é preciso que se resolva oficialmente a situação dele com o clube alviverde, que ainda não confirmou a decisão de negociar o atleta. Tudo depende do que os palmeirenses vão exigir em caso de transferência.

De acordo com gente próxima a Felipe, ficou claro numa conversa nesta sexta entre ele e Cuca, na presença do diretor executivo Alexandre Mattos, que o jogador não atuará mais pelo clube. Por essa versão, além  da questão técnica, o relacionamento entre ele e o treinador está deteriorado faz tempo.

Conforme apurou o blog, o volante não reagiu bem ao saber que seria barrado do jogo e iniciou-se uma discussão que ajudou a tornar improvável a permanência de Felipe no alviverde. Outro motivo é a convicção de Cuca de que Melo não é útil ao seu esquema tático. A assessoria de imprensa do jogador nega o desentendimento, mas o blog mantém a informação.

No entorno do volante, Cuca é visto como um técnico que se incomoda com a influência do ex-jogador da seleção brasileira no elenco e a força dele no clube.  A avaliação também é de que o episódio em que Felipe discutiu com o preparador físico Omar Feitosa, em maio, num treinamento, está entre os episódios que contribuíram para corroer a relação entre comandante e comandado. Outro capítulo listado ocorreu depois de o Palmeiras eliminar o Internacional na Copa do Brasil mesmo perdendo por 2 a 1 em Porto Alegre. Técnico e jogador assimilaram o resultado de maneira diferente. Felipe exaltou o desempenho do time, enquanto Cuca criticou a atuação e se disse preocupado por ainda ter muito a corrigir.

Publicamente, no entanto, o treinador nunca se queixou da força do volante no clube.

Um exemplo da influência dele foi dado após a eliminação na Copa do Brasil diante do Cruzeiro, na última quarta-feira. Depois do jogo, num hotel em Belo Horizonte, Mattos, foi duramente cobrado por Carlos Degon, conselheiro ligado à Mancha Alviverde. Entre outras coisas, ele dizia que Felipe tem que jogar.

Já na última sexta, pelo menos parte dos jogadores soube da iminente saída de Melo, um dos líderes do elenco. O jogador é visto por companheiros como um defensor dos colegas.

No início de 2017, o volante assinou contrato de três anos com o Palmeiras. No Galatasaray, ele jogou entre 2011 e 2015.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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