Para 'segunda' torcida organizada do São Paulo, Ceni é fiasco como técnico
Perrone
03/07/2017 09h00
Em sua página na internet, a Dragões da Real, segunda maior torcida organizada do São Paulo, fez duras críticas ao técnico Rogério Ceni, que continua com apoio integral da Independente, principal uniformizada tricolor.
Ao analisar a derrota para o Flamengo por 2 a 0, no último domingo, no Rio, a torcida lembrou que o ex-goleiro é o maior ídolo da história do clube e merece eterno respeito antes de disparar contra ele. "Mas tá na hora de falar o que todo mundo está com medo de dizer: como técnico, Rogério Ceni é um fiasco".
Em seguida, o texto, que não é assinado, lista as falhas detectadas no trabalho do ex-atleta. Entre elas, estão a falta de esquema tático e a ligação direta da zaga para o ataque sem passar pelos meias do time. "Para piorar, tem jogadores que ganham a bênção do técnico e se tornam intocáveis, apesar de seguidas atuações patéticas e absoluta falta de comprometimento, como Cueva, Cícero, Júnior Tavares, Wesley…".
Para completar, ao afirmar que com contratações sem sentido e falta de planejamento, entre outros problemas, a equipe só poderia estar na zona de rebaixamento, a torcida classifica o técnico como ruim.
Apesar de a Independente ser a organizada mais ouvida no Morumbi, o posicionamento da Dragões é importante por mostrar que Ceni não é mais unanimidade entre os torcedores uniformizados.
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do clube, tem um histórico de tomar medidas em sintonia com a torcida. Foi assim nas contratações do próprio Ceni, como treinador, e de Lugano. Também na compra dos direitos de Maicon foi assim.
Nesse cenário, a opinião dos torcedores está entre os fatores que devem pesar no futro de Ceni.
Atualização
Após a publicação deste post, Ceni foi demitido.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.