Estafe de Neymar agora diz que ele deixa o Barça por ter dinheiro bloqueado
Perrone
02/08/2017 08h38
Até o Barcelona confirmar que Neymar se despediu dos colegas de time, o estafe do jogador mantinha o discurso de que ele não pretendia deixar o time. Agora o rumo da conversa mudou. A afirmação nos bastidores é de que o atleta e seu pai não aceitam o fato de o clube ter bloqueado um bônus de 26 milhões de euros (R$ 96 milhões) a que tinham direito pela renovação contratual. E são categóricos: por conta disso o atacante não joga mais no Barça.
Essa quantia é a metade do que havia sido prometido na prorrogação do contrato. O valor foi divido em duas parcelas e faltava pagar a última.
O estafe de Neymar considera o dinheiro como parte do salário do jogador. Está sendo estudada a possibilidade de alegar falta de cumprimento contratual por parte do Barcelona. Seria uma forma de tentar na Justiça a liberação sem que o jogador pagasse a multa rescisória e ainda tentando impor sanções ao clube. Mas por enquanto o caminho é o de tentar o diálogo.
Os catalães fizeram o bloqueio alegando que o prêmio se referia ao contrato inteiro do jogador. Como ele estava na iminência se transferir para o Paris Saint-Germain, preferiram depositar o dinheiro em juízo até a solução do caso. Com a saída, entendem que não precisam pagar.
Apesar de todas as informações que colocam Neymar em Paris, seu estafe ainda nega acerto com os franceses. Diz que agora é que ele vai procurar um novo clube.
No entanto, é certo que a principal pendência agora é o PSG conseguir bancar a multa de 222 milhões de euros ou arrancar um desconto dos espanhóis. O estafe de Neymar também tenta convencer os franceses a pagar o bônus bloqueado, como mostrou o blog do Marcel Rizzo.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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