Neymar vai à Fifa contra Barcelona por R$ 96,3 milhões bloqueados
Perrone
03/08/2017 13h23
Com João Henrique Marques, do UOL, em Barcelona
Segundo o estafe de Neymar, o jogador notificou a Fifa para a entidade analisar o bloqueio de bônus de 26 milhões de euros (aproximadamente R$ 96,3 milhões) que deveria ter sido pago ao jogador pelo Barcelona. O pedido é para que a federação internacional determine que o Barça desbloqueie a quantia.
De acordo com a equipe do atleta, a Fifa é o foro eleito no contrato para decidir sobre divergências como essa.
Nesta quinta, representante do atacante se reuniu com o departamento jurídico do clube e entregou uma contranofiticação questionando o bloqueio. Não houve acordo.
Os catalães depositaram a verba em juízo alegando a iminência de o jogador se transferir para o PSG e o fato de ele não se manifestar sobre o assunto desde que os rumores começaram a surgir. A saída oficial do Barça e a ida ao time francês foi anunciada nesta quinta pela equipe de Paris após o estafe do jogador ir ao Camp Nou e entregar o cheque com o valor da multa rescisória ao clube catalão.
O dinheiro havia sido prometido na última renovação contratual de Neymar em duas parcelas iguais. O bloqueio foi feito na segunda prestação.
No entendimento do clube, a quantia era devida pelo cumprimento do contrato inteiro, de cinco anos. Diante do risco de o jogador se transferir antes desse período decidiu fazer o depósito em juízo. Segundo o clube, o dinheiro ficaria lá até a situação do atleta ser resolvida, o que de fato aconteceu.
Por sua vez, o estafe do atacante entende que o montante faz parte do salário dele e alega que o contrato não condicionava o pagamento ao cumprimento do compromisso até o final.
Há também a queixa de que o Barcelona teria feito o depósito em juízo com um dia de atraso, em 31 de julho.
Outra alegação do estafe de Neymar é a de que o jogador não quis mais atuar pelo Barcelona por causa do dinheiro bloqueado.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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