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Quatro sinais de alerta que a primeira derrota dá ao Corinthians

Perrone

20/08/2017 11h34

1 – Problemas em casa

A derrota em Itaquera para o Vitória, por 1 a 0, neste sábado, reforça o que já tinha sido sinalizado no primeiro turno. O Corinthians tem mais dificuldades como mandante do que como visitante. Dos 13 pontos perdidos pelos alvinegros até aqui, nove foram deixados em sua própria casa. Os outros foram nos empates contra Chapecoense, Flamengo e Atlético-PR.

2 – Eficiência nas finalizações (todos os dados estatísticos deste post a partir de aqui são do site footstats)

Desperdiçar poucas chances de gol foi uma das marcas do Corinthians no primeiro turno do Brasileirão. Na abertura do segundo, porém, não foi assim. No campeonato, em média, a equipe alvinegra faz um gol a cada sete finalizações. Ontem foram 14 arremates sem conseguir balançar a rede. Foram mais conclusões do que a média do time na competição, que é de 11 por jogo.

3 – Nervosismo

Outra característica corintiana até aqui tem sido a tranquilidade mesmo em momentos difíceis. Diante do Vitória, porém, os comandados de Fábio Carille demonstraram afobação, especialmente no segundo tempo. O zagueiro Balbuena avançando como se fosse meia foi um dos sintomas. Outro sinal de nervosismo foi o abuso da ligação direta entre defesa e ataque, a partir da metade do segundo tempo, fugindo da característica de troca de passes. O resultado foi uma piora no índice de acerto de lançamentos. Em sua primeira derrota no campeonato, o Corinthians só acertou 29%  do lançamentos. A média de acerto alvinegro na disputa é de 42,8%.

4 – Dependência dos laterais títulares

Quando Fágner e Arana não estão bem ou não jogam, as dificuldades corintianas aumentam significativamente. Na única derrota até aqui na competição, Arana, contundido, foi substituído no intervalo e Fágner foi recordista de passes errados ao lado de Jô com dez erros. O lateral-esquerdo ainda foi quem mais errou lançamentos pelo lado corintiano: 5. Os números de Fágner foram bem piores em relação ao que ele apresenta no campeonato. Sua média de passes errados por jogo é de 6,2 enquanto a de lançamentos defeituosos fica em 2,4. Fágner ainda foi o jogador de seu time que mais errou cruzamentos: 7. Sua média de erros nesse fundamento é de 3,8. Por outro lado, nenhum companheiro seu acertou tantas bolas cruzadas como ele contra o Vitória. Foram 4 acertos contra média de 1,3 por partida. Depois da derrota, Carille reclamou que o time explorou pouco as laterais, concentrando seu jogo pelo meio.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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