Ofuscado por Mano, Alberto Valentim tem lobby no Palmeiras
Perrone
16/10/2017 04h00
Com Danilo Lavieri e José Edgar de Matos, do UOL, em São Paulo
Assim que o Palmeiras oficializou a saída de Cuca, Alberto Valentim ganhou um lobby no clube para ser efetivado como treinador visando a próxima temporada. O apoio vem de conselheiros de diferentes correntes, mas não abala o favoritismo do cruzeirense Mano Menezes para ocupar o cargo.
O técnico interino é definido por seus defensores como estudioso, moderno, conhecedor do clube e bem relacionado com os jogadores. Ele também é visto como uma opção barata, o que, em tese, agradaria a Mustafá Contursi. O ex-presidente é um dos conselheiros mais influentes e prega permanentemente a austeridade financeira, apesar de atualmente as finanças alviverdes irem bem.
Recentes experiências bem-sucedidas com ex-assistentes também escoram os pedidos por uma chance para Valentim. São lembrados por conselheiros os nomes de Jair Ventura (Botafogo), Zé Ricardo (ex-Flamengo e hoje no Vasco) e do corintiano Fábio Carille.
Apesar de o ex-auxiliar agradar profissionalmente ao presidente do clube, Maurício Galiotte, a diretoria palmeirense avalia que não pode correr o risco em 2018 de mais uma vez precisar trocar de técnico durante a temporada. Isso dá força à escolha de alguém mais experiente, como Mano.
Ao falar sobre a saída de Cuca na semana passada, em entrevista coletiva, Galiotte elogiou o ex-auxiliar. "Ele ainda está em evolução, tem características modernas e hoje é o técnico do Palmeiras. Enquanto a gente não tiver nenhuma outra notícia, ele é o técnico do Palmeiras", declarou o dirigente.
Após deixar o clube em dezembro do ano passado, Valentim retornou em junho a pedido de Cuca. Fora do Palmeiras, ele teve a oportunidade de trabalhar como treinador do Red Bull.
A chance de o interino ser efetivado é remota e passa por um eventual fracasso na tentativa do alviverde de contratar Mano. O Cruzeiro tenta manter seu comandante.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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