Medo de reservas irritados? Palmeiras vê trabalho para controlar vestiário
Perrone
18/01/2018 04h00
Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Dudu, Felipe Melo, Borja, Guerra… Para parte dos conselheiros do Palmeiras tantos jogadores de bom nível fazem o time correr o risco de ter um vestiário tumultuado nesta temporada. O temor é de que quem ficar na reserva reclame e azede o ambiente.
O desentendimento entre Felipe Melo e Cuca em 2017 depois de o volante perder espaço entre os titulares é citado como exemplo do que pode acontecer.
No entanto, a diretoria não demonstra preocupação. O discurso é de que há convicção no trabalho da direção e da comissão técnica para manter o vestiário sob controle. E que não seria sensato perder oportunidades de mercado, como a contratação de Scarpa, pensando num eventual efeito colateral provocado pela quantidade de bons atletas.
Outro argumento é de que o problema no ano passado não foi a falta de harmonia no elenco e nem entre jogadores e comissão técnica. A avaliação é de que a maior dificuldade foi um atraso no planejamento provocado pela demora na definição se Cuca iria continuar no clube. A partir daí, a montagem da equipe atrasou.
Para começar a última temporada como técnico alviverde, Eduardo Baptista foi anunciado na metade de dezembro de 2017. Roger Machado, treinador atual, foi definido em 22 de novembro. O clube começou 2018 com o grupo quase fechado.
Apesar do receio de problemas com jogadores insatisfeitos, a maioria dos conselheiros elogia o nível dos atletas contratados. Mas há novas críticas em relação aos gastos, em especial por parte de aliados do ex-presidente Mustafá Contursi, que prega austeridade financeira.
A direção, considera o elenco pronto, mas afirma que novos reforços podem chegar se aparecerem boas oportunidades. Ricardo Goulart ficar disponível seria uma.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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