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Justiça nega liberdade a acusado de agir em crime contra fundador da Mancha

Perrone

17/12/2018 16h30

No último dia 13, a Justiça de São Paulo negou habeas corpus com pedido de liminar a um dos acusados de participar do assassinato de Moacir Bianchi, fundador da Mancha Alviverde. O crime ocorreu em 2 de março do ano passado.

Os advogados de Alan Rodrigues Hernandes alegaram que a prisão preventiva dele foi mantida sem amparo legal pela 1ª Vara do Júri da Capital.

Porém, a 9ª Câmara de Direito Criminal indeferiu o pedido. Trecho da decisão diz que as condutas imputadas a Hernandes e aos outros acusados revela "a acentuada periculosidade de todos, de sorte a evidenciar que, em liberdade, oferecem risco à ordem pública, inclusive em face do justo receio de que possam insistir em práticas semelhantes, de tal forma que a conservação de sua prisão era providência que se impunha. Mais ainda, a manutenção da prisão preventiva visa evitar a intimidação de testemunhas que ainda serão ouvidas em juízo".

A defesa de Hernandes havia alegado, entre outros motivos, excesso de prazo na duração da custódia tutelar, ausência de requisitos para a prisão preventiva e presença de condições pessoais favoráveis para a concessão de liberdade provisória.

Bianchi foi morto após discussão com outros integrantes da Mancha em reunião na sede da torcida. Hernandes é acusado de dirigir o táxi que bloqueou a passagem do carro da vítima na emboscada fatal. Segundo a acusação, também foi em seu carro, um Cobalt, que o responsável pelos tiros que mataram um dos fundadores da Mancha fugiu.

A decisão traz um resumo de como ocorreu o crime. Um torcedor identificado no documento apenas como Marcello, o Marcelinho, teria decidido matar Bianchi por se sentir desautorizado por ele na reunião da torcida.

Conforme a acusação, Marcelinho seria membro de uma facção criminosa e teria pedido a ajuda de Hernandes e Rafael Martins da Silva, o Zequinha, seus colegas de arquibancada, para realizar a vingança. Zequinha teria levado Marcelo até o local do crime, na zona sul da capital paulista, em seu carro.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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