Opinião: Corinthians erra ao aceitar emprestar Léo Santos
Perrone
24/02/2019 12h32
O Fluminense anunciou neste domingo (24) que entrou em acordo para receber o zagueiro corintiano Léo Santos por empréstimo. Na opinião deste blogueiro, deixar de contar com um de seus defensores neste momento é um erro do Corinthians, uma precipitação.
Antes de avaliar se o jovem formado na base alvinegra é ou não o mais fraco dos beques do time há outras questões. A principal delas é o fato de a defesa ser o ponto frágil da equipe até agora. São gritantes as falhas de Henrique, principalmente. Nesse cenário, não é hora de sair emprestando zagueiro. Fábio Carille precisa do maior número de opções possível para tentar arrumar a defesa.
Outra questão é: quantos zagueiros um time precisa para disputar a temporada brasileira? Com Léo Santos o Corinthians contava com cinco, mesmo número de zagueiros mantidos por Palmeiras e Santos, por exemplo. Mas acaba de chegar o uruguaio Bruno Méndez, de 19 anos. Passariam a ser seis atletas para a posição já que não me parece fazer sentido deixar Méndez no time Sub-20. Se o clube considera impossível manter essa quantidade de beques, então, chegamos na análise sobre Léo Santos e seus outros companheiros.
Claramente, ele ainda não é um jogador pronto. Precisa amadurecer. Mas tem bom potencial, principalmente por ser um zagueiro técnico. Aparentemente, o excesso de confiança dele mesmo em sua condição técnica o atrapalha gerando riscos desnecessários e, eventualmente, erros. Algo a ser trabalhado.
Na comparação com os outros jogadores da posição que já estavam no clube, seguramente avalio que hoje ele não é melhor do que Marllon e nem pior do que Henrique. Com Manoel e Pedro Henrique briga pela posição. Se alguém precisava sair para abrir espaço para o uruguaio, eu escolheria Henrique. Pedro Henrique seria minha segunda opção. Não consigo ver uma justificativa para saída de Léo Santos. Ele vai ter mais oportunidades no Fluminense? Se for isso, ganha o jogador, perde o Corinthians.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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