FPF descarta ir atrás do Palmeiras: clube é que precisa querer voltar
Perrone
21/03/2019 16h46
Não é a Federação Paulista que tem que pedir para o Palmeiras voltar a frequentar a entidade. É o clube que precisa querer se reaproximar. Esse é o pensamento da cúpula da FPF.
Mais uma vez, o alviverde não enviou representantes para a reunião na sede da federação que definiu os detalhes das quartas de final do Paulista nesta quinta, 21. "A vontade do Palmeiras é não comparecer, e nós respeitamos isso", disse Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da federação durante entrevista coletiva.
Internamente, o discurso do dirigente é de que sua principal preocupação não é trazer o Palmeiras de volta, mas fazer o futebol paulista ter uma gestão melhor, o que inclui acabar com atrasos salarias. Atualmente, o Santos é afetado por pagamentos atrasados.
Com essa postura definida, a direção da FPF não tem feito gestões para tentar se reaproximar do alviverde. O presidente palmeirense, Maurício Galiotte, rompeu com a entidade desde a final do Estadual do ano passado. Ele entende que houve interferência externa da arbitragem na anulação de um pênalti a favor de seu time na decisão com o Corinthians, que saiu como campeão.
Apesar da ausência nas reuniões da entidade, as partes mantêm relações profissionais. Um tema em comum entre ambos é o uso do Pacaembu no Brasileirão. O estádio municipal hoje não atende requisitos de iluminação para receber jogos do Nacional. Bastos tem conversado com prefeitura, Palmeiras, Santos, São Paulo e o consórcio Patrimônio SP, vencedor da licitação para operar o estádio e hoje suspensa pela Justiça, para solucionar o problema. As conversas são para definir como cobrir os custos para o aumento da potência dos holofotes.
Com Arthur Sandes, do UOL, em São Paulo
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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