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PM avisa Palmeiras sobre risco de ataques em trajetos para aeroportos

Perrone

12/04/2019 04h00

Pouco depois de deter suspeitos de participarem do ataque ao ônibus do Palmeiras na última quarta (10), a Polícia Militar avisou ao clube ter indícios de que os mesmos torcedores tinham planos para realizar outras ações desse tipo em trajetos do time para locais como hotéis e aeroportos. Pela versão que chegou ao alviverde, as indicações estavam nos celulares dos dois suspeitos.

O comando da PM que estava no Allianz Parque, onde  o time brasileiro venceu o Junior Barranquilla por 3 a 0, pediu para o clube ficar em alerta durante o transporte de seus atletas em todas as ocasiões. Também havia sido detectada a possibilidade de uma emboscada ao ônibus após o jogo com os colombianos, o que fez medidas de segurança serem adotadas. Nada de anormal aconteceu.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Palmeiras afirmou que vai "seguir sua programação tomando os cuidados que lhe são pertinentes. A investigação do caso está a cargo da polícia. Hoje (quinta, 11), tudo correu bem, esperamos que continue assim".

Conforme apuração do blog, a segurança nos deslocamentos da equipe para estádios, hotéis e aeroportos será reforçada nos próximos compromissos. Eliminado nas semifinais do Paulista, o alviverde volta a campo no próximo dia 25, quando enfrenta o Melgar, no Peru, pela Libertadores.

Como mostrou o blog, Ministério Público, Polícia Civil e parte dos funcionários e da direção do Palmeiras suspeitam que as pedradas no ônibus e as pichações na sede do clube estão ligadas a um racha entre Mancha Alviverde e dissidentes da organizada. A suspeita é de que os desafetos da atual diretoria da torcida estariam pressionando o clube para sugerir aos demais associados que a uniformizada não faz cobranças por  ter sua escola de samba patrocinada pela Crefisa, patrocinadora do Palmeiras. A empresa pertence aos conselheiros do clube José Roberto Lamacchia e Leila Pereira, homenageados com seus nomes na escola de samba da agremiação.

Em nota, a Mancha afirmou não compactuar com o ataque ao veículo da delegação, mas criticou Felipão, jogadores e o diretor Alexandre Mattos.

Já no clube, a atitude dos atletas de entrarem em campo e vencerem a partida é exaltada porque a avaliação foi de que o time, de maneira geral, estava abalado com o episódio. Há também indignação baseada no fato de o Palmeiras ter conquistado o título brasileiro recentemente, no final do ano passado. A conquista não justificaria a revolta.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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