Santos reclama de insegurança jurídica sobre Rodrygo. CBF vê caso para STJD
Perrone
03/06/2019 13h33
O Santos não conseguiu se entender com a CBF e se queixa de insegurança jurídica sobre escalar o atacante Rodrygo contra o Atlético-MG na próxima quinta (6), pela Copa do Brasil.
Chamado para disputar o Torneio de Toulon com a seleção olímpica o jogador não se apresentou. Porém, ele segue oficialmente convocado. Com dúvidas sobre sua situação de jogo no Brasileirão, o clube o deixou de fora na vitória por 1 a 0 sobre o Ceará no último domingo (2).
A queixa entre os santistas é de que a CBF não teria respondido oficialmente se o atleta pode ou não ser escalado enquanto durar a convocação. Ou seja, a comissão técnica teme escalar Rodrygo e depois ver a equipe ser punida pela atitude.
A CBF mantém Rodrygo como convocado. E entende que se ele jogar nesse período caberá ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) analisar se é caso de punição para o clube ou não.
Rodrygo e os outros atletas que não se apresentaram à seleção olímpica não foram dispensados da convocação, apesar da impossibilidade de serem aproveitados, porque a CBF entendeu que seria uma injustiça com as equipes que cederam seus jogadores.
A entidade fez a convocação depois de conversar com os clubes envolvidos e decidir chamar apenas um de cada time. O Corinthians se prontificou a ceder dois: Mateus Vital e Pedrinho, que estão na França. Renan Lodi, do Athletico vive situação semelhante à enfrentada por Rodrygo.
O Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê que o clube que ordenar que um atleta não atenda à convocação para a seleção pode ser punido com multa entre R$ 100 e R$ 1oo mil. Para isso precisa ser provado que houve determinação da agremiação e não vontade do atleta de se ausentar.
Após a publicação do post, o blog recebeu o seguinte comunicado da Confederação Brasileira: "A posição da CBF foi passada aos clubes e a entidade não opinará publicamente sobre o tema".
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.