Conselho de Orientação do Corinthians não recomenda aprovação de contas
Perrone
27/08/2019 14h14
Em reunião na última segunda (26), o Cori (Conselho de Orientação do Corinthians) não recomendou a aprovação das contas do clube referentes ao final de julho, de acordo com dois membros do órgão. Eles afirmam que tecnicamente as demonstrações financeiras estavam em ordem, porém, faltava um parecer do Conselho Fiscal do clube sobre o balancete. Assim, determinaram que o documento seja apresentado numa nova reunião, mas com o relatório dos conselheiros fiscais.
Apesar da não recomendação de aprovação, os dois integrantes do Cori evitam falar em reprovação. Sustentam que este não é o termo correto, por não haver irregularidades contábeis na opinião do órgão. Membro do Conselho Fiscal afirmou ao blog que ainda não teve acesso às contas de julho. Os números de junho foram aprovados. Normalmente, o relatório passa primeiro pelo órgão de fiscalização.
Procurado, Matias Antônio Romano de Ávila, diretor financeiro, disse que não comentaria o assunto. Porém, o blog apurou que a direção alvinegra usa o termo "aprovação com ressalva", expressão rejeitada pelos dois membros do Conselho de Orientação.
Além da não recomendar a aprovação, os integrantes do Cori demonstraram preocupação com o aumento da dívida corintiana neste ano. Segundo os membros ouvidos pelo blog, representante da diretoria ressaltou a necessidade de venda de jogadores para fechar as contas. Andrés Sanchez já havia feito o mesmo em recente reunião do Conselho Deliberativo.
Os pareceres parciais do Cori e do Conselho Fiscal são referências para a votação feita pelos conselheiros do clube sobre a aprovação ou não do balanço financeiro referente ao ano inteiro.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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