Flamengo reclama de cota de ingressos da final e sofre para acomodar fãs
Perrone
26/10/2019 04h00
A diretoria do Flamengo se queixa da quantidade de ingressos destinada pela Conmebol exclusivamente para a torcida de cada finalista da Libertadores. São 12.500 entradas para flamenguistas e o mesmo número para apoiadores do River Plate.
Na Gávea a avaliação é de que, além de ser insuficiente, a carga reservada provoca injustiça com torcedores que fizeram festa durante o torneio no Maracanã e não poderão ir ao Chile por falta de bilhetes. Cerca de outros 22 mil tíquetes foram colocados à venda pela internet diretamente pela Conmebol independentemente dos finalistas e todos foram negociados.
Agora, a direção rubro-negra quebra a cabeça para tentar cometer "menos injustiças" na distribuição das entradas à venda. O clube precisa definir até a próxima terça (29) como fará a distribuição. A Conmebol anunciou o início da comercialização para o dia seguinte.
A dificuldade dos dirigentes é como acomodar todas as categorias de fãs que querem ingressos: sócios-torcedores, conselheiros e torcedores que não são associados. Nas torcidas organizadas, boa parte dos integrantes tem plano de sócio.
A escassez de ingressos é usada até como brincadeira sobre o fato de clube negar ter convidado o presidente Jair Bolsonaro para assistir a final. O argumento é de que o Flamengo não está em condições de convidar ninguém, já que falta entrada para seus torcedores mais fiéis.
Para adquirir o bilhete o torcedor precisa de uma senha distribuída pelo clube e que será usada para a aquisição no site oficial da Libertadores. Cada entrada custa US$ 80 (cerca de R$ 321).
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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