Oito dias após veto, Dualib segue em lista de conselho de orientação
Perrone
26/12/2019 12h48
Mais de uma semana após o Cori (Conselho de Orientação do Corinthians) decidir que Alberto Dualib não pode neste momento retornar ao órgão, o nome do ex-presidente continua na lista de membros do colegiado.
A decisão pelo veto ao ex-cartola foi tomada no último dia 18.
A informação do Cori é de que oito dias depois, Dualib continua na lista porque funcionários do clube entraram em recesso de final de ano e só farão a mudança quando retornarem ao trabalho. A expectativa é de que a alteração aconteça depois do dia 6.
Dualib, 100 anos, voltou a figurar na relação do Cori depois de Andrés Sanchez encaminhar ao órgão pedido de um grupo de sócios para que ele fosse readmitido ao quadro associativo alvinegro.
Só que a volta do ex-presidente ao corpo de sócios precisa ser assinada por Andrés. Pressionado por aliados e diretores contrários à ideia, o atual presidente não chegou a sacramentar o retorno.
Defensores da volta do ex-cartola ao Cori afirmam que o estatuto determina que para estar no órgão basta ter presidido a agremiação. Não é feita menção a ser sócio.
Também sob pressão de desafetos de Dualib, o Cori se reuniu em 18 de dezembro e entendeu que o ex-presidente só pode voltar ao órgão se for sócio.
Prevaleceu o entendimento de que, como é obrigatório ser associado para presidir o clube, está implícita no estatuto a exigência de ser sócio para ter cadeira no Cori.
O órgão também concluiu que, se Dualib voltar a ser associado, caberá ao Conselho Deliberativo decidir se ele pode recuperar seu assento no Cori.
Sufocado por acusações, Dualib renunciou à presidência em 2007. Assim, evitou sofrer impeachment. Em 2008, o ex-presidente pediu seu desligamento do quadro associativo, afastando o risco de ser expulso do clube.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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