FPF tem obrigação de usar VAR em todos os jogos após prejuízo do SPFC
Perrone
04/02/2020 13h09
Ao afastar a equipe de arbitragem que teve atuação desastrosa na partida entre São Paulo e Novorizontino, na última segunda (3), a Federação Paulista age como se não tivesse culpa no episódio.
A única reação aceitável por parte da entidade seria já no dia seguinte propor o uso do VAR em todos os próximos jogos da competição. Como o campeonato começou sem esse recurso, e já houve time prejudicado, principalmente o São Paulo, o mais justo seria implantar o sistema desde que todos os participantes concordaassem.
Se não houvesse consenso, o ideal seria deixar o uso do árbitro de vídeo em todas as fases do campeonato para o ano que vem. Mas seria importante anunciar já a medida.
Flávio Roberto Mineiro Ribeiro e seus assistentes, que prejudicaram o São Paulo com anulação errada de dois gols e a não marcação de dois pênaltis, não são apenas vilões. Ao mesmo tempo são vítimas, já que se o VAR estivesse disponível, provavelmente, evitariam os erros.
Ao optar por usar o árbitro de vídeo apenas nos mata-matas, a federação desvaloriza o seu próprio campeonato. Trata-se de uma economia burra. O desgaste na imagem da FPF e de seu produto não compensa o dinheiro economizado.
Erros absurdos, como os que vitimaram a equipe tricolor, apenas dão força aos que querem o fim dos estaduais. De fato, não faz sentido continuar com um torneio que não tenta evitar tais bizarrices usando a tecnologia já disponível para isso.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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