Para estafe, final prova que apenas lesões derrubam Neymar
Perrone
22/08/2020 11h19
Antes de chegar à final da Liga dos Campeões, Neymar encarou lesões, atritos com a torcida do PSG e até acusação de estupro, considerada falsa pela polícia e pelo Ministério Público. Mesmo assim, o sentimento no entorno do jogador é de que não há uma virada, mas a constatação de que livre de lesões o brasileiro é protagonista.
Nas palavras de um integrante do estafe do astro do PSG, não existe jogador como Neymar, se ele estiver livre de contusões, e nessa condição ele sempre foi protagonista, por isso não há um ponto de virada recente na carreira do brasileiro.
Neymar sofreu nos últimos dois anos com lesões importantes. O mesmo integrante de seu estafe diz que, inteiro, ele é a essência do futebol brasileiro, com dribles e outros lances imprevisíveis.
Ajudar o time parisiense a derrotar o Bayern na final da Liga dos Campeões, neste domingo, é uma chance de validar esse discurso. Mas não só isso. No entorno de Neymar o pensamento é de que o título provaria que ele e seu pai acertaram ao apostarem na troca do Barcelona pelo PSG.
O time catalão foi eliminado pelo Bayern com uma impiedosa goleada por 8 a 2.
Neymar se mudou para Paris com o discurso de que se move por desafios. Ajudar o Barça a conquistar outras vezes a Liga dos Campeões não teria o mesmo peso do que liderar o PSG em seu primeiro título, de acordo com esse raciocínio.
Venha ou não a conquista, não se pode esquecer que o brasileiro esteve perto de desistir do sonho francês. Ele chegou a negociar seu retorno ao Barcelona enquanto enfrentava dias difíceis em Paris.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
Sobre o Blog
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