Opinião: Corinthians parecia não ter treinador no segundo tempo
Perrone
02/09/2020 21h49
O Corinthians mostrou evolução no primeiro tempo contra o Goiás, mas na etapa final voltou a ser o time desorganizado das últimas rodadas. Mesmo assim, na base da vontade, chegou ao segundo gol no fim e venceu por 2 a 1. A vitória fora de casa alivia a torcida, mas o futebol apresentado só aumenta a preocupação.
Com Piton e Mosquito como titulares, o alvinegro foi mais rápido e objetivo do que de costume no início. Mereceu vencer o primeiro tempo.
Na etapa final, porém, a desorganização voltou a imperar. Prova disso foi o gol de empate do Goiás. Figueira pegou a defesa adversária desarrumada, com Gil ilhado e desatento, servindo Vinícius Lopes, que aproveitou a oportunidade.
A equipe da casa perdeu a chance de matar o jogo diante de um Corinthians que não sabia o que fazer com a bola e nem sem ela. Com todo respeito a Tiago Nunes, não parecia existir um treinador no comando.
Otero, estreante da noite, corria e lutava como se quisesse resolver sozinho. Ele cobrou escanteio e Danilo Avelar fez o gol da vitória aos 45 minutos do segundo tempo. E foi assim, com vontade, mas sem ordem que o Corinthians chegou à vitória.
Moral da história: os jogadores tiveram força para vencer e, por tabela, ajudar o treinador. Agora é a vez do técnico de respirar e ser forte para ajudar e guiar seus comandados.
Sobre o Autor
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.
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