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Por explicações, comissão eleitoral chama agente e ex-diretor corintiano

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06/01/2018 04h00

A comissão eleitoral do Corinthians chamou o empresário Carlos Leite e o ex-diretor de futebol Eduardo Ferreira. O órgão quer pedir explicações sobre a suposta quitação de taxas para a regularização de sócios inadimplentes. Com os pagamentos eles poderiam votar na eleição presidencial alvinegra em 3 de fevereiro. A convocação foi confirmada ao blog por Miguel Marques e Silva, presidente da comissão. Porém, Ferreira, nega que tenha sido convocado.

Em relação ao agente de Cássio, Fágner e Camacho a intenção é perguntar, principalmente, porque ele enviou no final de novembro R$ 200 mil ao clube e se o dinheiro foi mandado para quitar taxas de inadimplentes. Segundo Silva, uma funcionária do Corinthians afirmou em depoimento que a quantia foi enviada com esse fim.

Ao blog, Leite negou essa versão e declarou que emprestou os R$ 200 mil ao clube sem saber como o dinheiro foi usado. Uma cópia do contrato deve ser pedida a ele, apesar de a comissão não ter poder para obrigar o empresário a comparecer e nem para aplicar eventuais punições já que ele não é sócio da agremiação.

"Mandaram uma mensagem me convidando para ir lá. Vou responder que irei quando tiver tempo. Estamos no meio de uma janela de transferências e não posso priorizar esse assunto agora", declarou Leite no final da tarde desta sexta-feira.

O desejo da comissão era ouvir o empresário já na próxima segunda, mesmo dia para o qual Ferreira foi chamado para dar explicações à comissão, de acordo com a versão de Silva. O conselheiro, no entanto, não especificou qual o caso de quitação de taxas que motivou a intenção de ouvir o ex-diretor de futebol, homem de confiança de Andrés Sanchez e candidato à reeleição ao conselho.

Ferreira negou ter sido convocado. Disse que pediu para conversar neste sábado com o presidente da comissão para tirar dúvidas em relação a candidatos ao conselho por sua chapa.

A investigação no clube começou por conta da suspeita de que candidatos à presidência bancaram taxas de sócios inadimplentes. Paulo Garcia foi o único dos postulantes a admitir a prática.

Por ordem da diretoria, foi dado desconto de 50% para os devedores normalizarem suas situações. Mas a comissão tirou da lista de votantes todos os beneficiados com a promoção alegando que o estatuto alvinegro proíbe anistias a partir de um ano antes da eleição. Por sua vez, a direção defende a tese de que a anistia só se configuraria com o perdão total da dívida.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.