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Por que Galiotte banca permanência de Alexandre Mattos no Palmeiras?

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07/09/2019 04h00

A Mancha Alviverde, o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim Del Grande, a maioria dos conselheiros de oposição e parte dos situacionistas pedem a demissão de Alexandre Mattos. Mas, Maurício Galiotte mantém o diretor de futebol do Palmeiras. Por quê? Abaixo veja cinco justificativas apontadas por gente próxima ao presidente do clube para a manutenção do contestado dirigente remunerado.

 

1 – Convicção

Galiotte tem dito a pessoas próximas estar convicto de que o melhor para o Palmeiras é a manutenção de Mattos. O mesmo sentimento ele já não tinha em relação a Felipão, que perdeu o emprego depois da derrota por 3 a 0 para o Flamengo, no Maracanã.

2 – Acertos e erros

Na avaliação do presidente palmeirense, Mattos acertou mais do que errou até aqui em seu trabalho no alviverde. De acordo com interlocutor de Galiotte, ele admite que algumas contratações feitas pelo diretor neste ano não deram certo. Porém, acredita que sua trajetória no Palmeiras é marcada mais por bons resultados do que por insucessos.

3 -Gastos e receitas

Uma das principais críticas dos que querem a saída do diretor de futebol é em relação às despesas com contratações durante sua gestão. O argumento é de que o desempenho do time não é compatível com os gastos, considerados altos. Apesar de ter conquistado títulos, o Palmeiras não teria estabelecido uma hegemonia nacional que justificasse os investimentos.

Porém, segundo fonte ligada a Galiotte, o presidente entende que  o clube gasta mais com Mattos porque arrecada mais. O equilíbrio financeiro da instituição não estaria em xeque (há opositores que não enxergam dessa forma).

Outro ponto citado para combater a fama de gastador do cartola é o de que Mattos comandou negociações que geraram importantes receitas para a agremiação na venda de jogadores.

4 – Reestruturação

Mais um elogio que Galiotte faz a Mattos, de acordo com interlocutor do presidente, é por sua participação na reestruturação do CT do clube e das categorias de base, considerada por Maurício fundamental para o sucesso dos projetos.

5 – Confiança

Por fim, há o discurso de que o diretor de futebol não fez nada para quebrar a confiança do presidente nele. Em meio às cobranças pela demissão do executivo, Galiotte tem reforçado que confia no funcionário.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.