Flamengo – Blog do Perrone http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, iniciou a carreira nas redações dos jornais impressos, além de atuar como repórter esportivo no rádio. Thu, 15 Oct 2020 15:43:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Funcionários do Fla se incomodam com postura do clube em recentes polêmicas http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/criticas-de-cartolas-ao-flamengo-comeca-a-ecoar-na-gavea/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/criticas-de-cartolas-ao-flamengo-comeca-a-ecoar-na-gavea/#respond Tue, 29 Sep 2020 07:00:57 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=44499 Com Pedro Ivo Almeida, do UOL, em São Paulo

As críticas à postura da diretoria do Flamengo feitas nos bastidores por presidentes de outros clubes da Série A começaram a ecoar na Gávea.

De acordo com pelo menos quatro funcionários de diferentes departamentos do rubro-negro ouvidos pela reportagem há entre parte dos empregados clube incômodo com atitudes dos dirigentes que colocaram outras agremiações contra o Flamengo.

A crítica interna é semelhante à externa. O ponto central é de que a atual gestão “olha apenas para o próprio umbigo” e tenta impor sua vontade, ignorando interesses em comum dos clubes.

De acordo com a queixa, isso dificulta o trabalho desses funcionários quando eles tentam desenvolver ações com outros clubes ou realizar operações comerciais que dependem de uma boa rede de relacionamentos no meio.

Um dos profissionais ouvidos disse que está muito difícil trabalhar no Flamengo por conta de atitudes recentes da diretoria que teriam isolado a agremiação e por causa do ego de alguns cartolas.

Por sua vez, o clube diz desconhecer as críticas de empregados. Ao blog, o departamento de comunicação rubro-negro afirmou que o Flamengo acabou de fechar uma parceria com o Vasco para a transmissão de jogos do sub-20. O acordo é visto como uma demonstração de que não há dificuldade em desenvolver ações em conjunto.

Isolado?

Dois presidentes de clubes da Série A descreveram para o blog o Flamengo como isolado em relação às demais agremiações por priorizar seus interesses sem pensar no bem coletivo.

O fato de os outros 19 clubes da primeira divisão terem votado contra a volta de público em outubro em videoconferência organizada pela CBF no último sábado é usado para  defender que há isolamento.

O presidente Rodolfo Landim não participou da sessão à distância. Em nota, o Flamengo justificou a ausência alegando, entre outros motivos, “que entende que o tema em pauta é estranho à competência dos clubes e da CBF, não havendo nada a sugerir, nem decidir, em matéria cuja atribuição é privativa das autoridades públicas locais, conforme, inclusive, já decidiu o Supremo Tribunal Federal”.

O auge da irritação dos demais dirigentes com a diretoria comandada por Landim aconteceu no último fim de semana em virtude do pedido de adiamento da partida contra o Palmeiras devido ao surto de covid-19 entre os flamenguistas.

A marcação de uma reunião dos times da Série A para discutir possíveis retaliações ao Flamengo chegou a entrar em pauta antes de o jogo ser confirmado pela Justiça.

Presidente de uma dessas agremiações disse ao blog que os clubes entendem a importância do Flamengo, mas que o rubro-negro também precisa entender e respeitar a voz da maioria.

O fato de dirigentes do Flamengo terem costurado com Jair Bolsonaro a MP do mandante sem consultar as outras agremiações engrossa o caldo de rejeição à diretoria do clube.

Essa nuvem de mágoas é carregada também pelo imbróglio entre Flamengo e Globo, que culminou com a decisão da emissora de rescindir o contrato para a transmissão do Estadual do Rio.

A Globo tomou a decisão depois de o rubro-negro ter transmitido em suas redes sociais partida com o Boa Vista. Segundo a empresa, a transmissão, baseada na MP do Mandante, desrespeitou o contrato.

Cartolas críticos de Landim alegam que esse é um exemplo de como o clube da Gávea só se importa com seus interesses.

O que diz o Flamengo?

Para o rubro-negro há exageros e avaliações erradas em críticas feitas à atitudes da diretoria.

Contra o argumento de que o Fla só pensa nele, o departamento de comunicação usa o contrato de direitos internacionais de transmissão do Brasileirão como exemplo.

A explicação é que o clube tinha uma proposta de exclusividade vinda da China, mas preferiu assinar contrato coletivo com outra empresa recebendo o mesmo que os demais times.

A ideia de isolamento do rubro-negro é rejeitada com a alegação de que rotineiramente o Flamengo lida com as outras agremiações de forma parceira.

Também de acordo com o departamento de comunicação, o rubro-negro não força a barra pela volta do público agora, mas entende que é o momento de a ideia ser debatida.

A respeito dos direitos de transmissão do Estadual, o entendimento é de que simplesmente não havia contrato em vigência com a Globo e o Flamengo não concordou com o valor final oferecido, sem interesse em prejudicar outras equipes. Já a MP é vista como um benefício para todas as agremiações.

 

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Disputa por realização de Palmeiras x Fla reflete atraso do futebol do país http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/disputa-por-realizacao-de-palmeiras-x-fla-reflete-atraso-do-futebol-do-pais/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/disputa-por-realizacao-de-palmeiras-x-fla-reflete-atraso-do-futebol-do-pais/#respond Sun, 27 Sep 2020 15:17:50 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=44488 Guerra de liminares, cartolas dando tapas na mesa e bairrismo exacerbado. Os efeitos da pandemia de covid-19 reforçam que danosas práticas do passado seguem vivas no futebol brasileiro.  A embolorada forma de gerir a modalidade no país corrói a fina camada de verniz de profissionalismo pincelada pelos cartolas.

A disputa nos tribunais em torno da realização ou não de Palmeiras x Flamengo, neste domingo (27), simboliza o estado medieval de nosso futebol. O imbróglio é digno de Eurico Miranda, Caixa D’Água, Farah, Nabi e tantos outros nomes, apelidos e sobrenomes que protagonizaram disputas nas quais a demonstração por poder era o que valia.

No caso atual, as tintas do bairrismo estão impressas na disputa entre Palmeiras e Flamengo. O que deveria ser visto sob a ótica da saúde dos jogadores virou questão esportiva e clubística.

A pauta deveria ser o risco de novas contaminações devido ao surto de covid-19. Mas a coisa descambou para a rivalidade ente Palmeiras e Flamengo e o confronto direto entre a cúpula paulista da CBF e o time carioca.

No fim de semana de mais uma rodada do Brasileirão, jornalistas se importaram mais com advogados e magistrados do que com jogadores e treinadores. Uma repetição da fórmula que teima em desvalorizar nosso futebol.

Sentimos o cheiro de mofo também quando a primeira reunião para debater a volta do público nos estádios precisou ser encerrada por causa de uma discussão entre o paulista Rogério Caboclo, presidente da CBF, e Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro.

As câmeras dos computadores que permitiram a moderna videoconferência registraram o velho bairrismo, tão comum nos anos 1980. A diferença é que agora a CBF está nas mãos dos paulistas. Vale lembrar que, em tese, a Ferj defendia exclusivamente o Flamengo, principal interessado no retorno do público já em outubro.

A sensação de que o grande duelo do futebol nacional é travado entre Confederação Brasileira e Flamengo foi reforçada no último sábado com a decisão do rubro-negro de não participar da reunião na qual os outros 19 clubes da Série A do Brasileiro se manifestaram contra o retorno dos torcedores agora.

O rubro-negro se apoia na decisão de prefeitura e governo do Rio de permitir a presença da torcida em sua partida contra o Athletico, no próximo dia 4. Ou seja, não saímos ainda do tempo de que ter alianças com políticos faz parte do jeito de administrar o futebol brasileiro.

Enquanto vemos cartolas darem de ombros para jogadores e demais funcionários infectados pelo novo coronavírus, admiramos o sucesso da bolha montada pela NBA para existir durante a pandemia.

É como se o basquete norte-americano fizesse parte da animação de temática futurista “Os Jetsons”, e o nosso futebol estivesse no roteiro de ” Os Flintstones”.

Nossa defasagem em relação ao esporte bem gerido de outros países só fará aumentar a cada ano a quantidade de meninas e meninos que vemos com camisas de clubes europeus.

E não são só as crianças que se afastam de nossos times. Cada vez mais mulheres e homens de negócios empregados em grandes empresas preferem evitar patrocinar os times brasileiros. Claro, quem vai querer colocar seu nome numa página amarelada e que já deveria ter sido arrancada faz tempo?

Porém, em vez de olharem para o que acontece ao redor, muitos dos dirigentes brasileiros preferem dar atenção a seus próprios umbigos. Não importa se existe uma pandemia.

 

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Conheça os detalhes do pedido de suspensão de Palmeiras x Fla http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/sindicato-vai-a-justica-do-trabalho-para-tentar-adiar-palmeiras-x-flamengo/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/sindicato-vai-a-justica-do-trabalho-para-tentar-adiar-palmeiras-x-flamengo/#respond Sat, 26 Sep 2020 17:30:12 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=44479 O Sindicato dos Empregados em Clubes, Estabelecimentos de Cultura Física, Desportos e Similares do Estado do Rio de Janeiro (Sindeclubes) recorreu à Justiça do Trabalho, junto ao plantão, para tentar impedir que a partida entre Palmeiras e Flamengo, no Allianz Parque, aconteça neste domingo (27). Após a publicação do post, foi divulgada decisão da Justiça que suspendeu a partida.

Abaixo, você confere os detalhes do pedido que provocou a suspensão.

A entidade pediu “concessão de tutela de urgência de natureza antecipada “inaudita altera parte” para que o jogo aconteça “em  outra data, futura, após o fim do surto de covid-19” no Flamengo. O adiamento é solicitado “até que todos os
empregados do 2º réu (Flamengo) que participaram da viagem ao Equador cumpram a necessária
quarentena determinada pelas autoridades de saúde”.

CBF e o clube da Gávea aparecem como reclamados na ação. Porém, o pedido é o mesmo que o rubro-negro já fez sem sucesso para confederação e STJD: adiar a partida por conta do grande número de infectados.

Em tese, se o Flamengo for ouvido, concordará com o autor da ação, possivelmente dando força ao argumento.

O fato de o pedido ser de natureza “altera parte” permite, se for o caso, que a decisão seja tomada sem as outras partes serem ouvidas por conta da urgência da situação.

No entanto, o blog apurou que a CBF já sabe do caso e vai se manifestar. O sindicado pediu que confederação e Flamengo sejam notificados por telefone ou aplicativo de mensagem.

“Tal circunstância (quantidade de pessoas infectadas) evidencia que o vírus está potencialmente ativo dentre os empregados do departamento de futebol do Clube de Regatas do Flamengo, razão por que o sindicato autor entende que não existem as mínimas condições de, com segurança, haver a realização da partida do próximo domingo (27.09.2020), em virtude do elevado risco de contágio generalizado”, afirma a entidade na ação.

Para sustentar sua tese, o Sindeclubes usa, entre outros documentos, laudo assinado pela médica Sylvia Pavan Rodrigues de Paula, que atestou o laudo apresentado pelo Flamengo ao STJD. O órgão rejeitou o pedido de adiamento.

Vale lembrar que a FIFA determina às entidades nacionais que punam clubes que recorram à Justiça comum. Entre advogados da área, há a avaliação de que a punição também pode ocorrer se houver entendimento de que terceiros foram usados para driblar o veto.

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‘Mais seguro seria parar campeonato’, diz Nicolelis sobre surto no Flamengo http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/mais-seguro-seria-parar-campeonato-diz-nicolelis-sobre-surto-no-flamengo/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/mais-seguro-seria-parar-campeonato-diz-nicolelis-sobre-surto-no-flamengo/#respond Sat, 26 Sep 2020 12:12:18 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=44475 Indagado pelo blog sobre se é seguro realizar o jogo entre Flamengo e Palmeiras, neste domingo, apesar do surto de Covid-19 no rubro-negro, o médico, professor e neurocientista Miguel Nicolelis afirmou que o melhor seria a paralisação do Brasileirāo.

Um dos coordenadores do Comitê Científico do Consórcio Nordeste para para o combate ao novo coronavírus, ele diz haver incertezas em relação ao risco de transmissão do vírus durante a partida, mesmo com o time da Gávea utilizando atletas que testarem negativo.

 “Não dá pra saber (qual o risco de transmissão). Teria que fazer o que qualquer país civilizado faz, fazer um rastreamento, saber com quem cada jogador (contaminado) teve contato. Desde o começo, não poderia ter tido jogo. Tudo isso mostra como no Brasil o hedonismo está acima da preocupação com a saúde pública”, disse Nicolelis.

Antes do retorno das competições no Brasil, ele havia classificado a decisão como loucura.

“Esse caso só reforça o que eu disse lá atrás, não era hora de voltar com o futebol. Quando teve o caso (de atletas contaminados) do Goiás, foi um indício de que nāo dava certo, que era melhor parar o campeonato. Por sorte, nāo tivemos uma fatalidade com um jogador até agora. O mais seguro seria parar o campeonato”, afirmou o médico.

Para Nicolelis, dirigentes não estão levando em conta a possibilidade de outras pessoas envolvidas com a partida, como massagistas e funcionários do Allianz Parque, fazerem parte do grupo de risco na pandemia de covid-19 e se contaminarem.

“Estão envolvidas múltiplas questões de saúde pública e levam para questões clubísticas. Que falta vai fazer para o planeta não ter Palmeiras e Flamengo? Qual a justificativa para colocar essas pessoas em risco?”, indagou.

Em meio à discussão sobre se deve haver jogo ou não, os atletas palmeirenses se posicionaram publicamente pela realização da partida. Nicolelis, porém, avalia que eles deveriam ter outra postura. “Eu, como palmeirense, estou preocupado com a saúde dos jogadores do Palmeiras e do Flamengo. A CBF graganteia como se fosse um excelente protocolo, mas vimos que não existe protocolo que se provou eficiente. Se eu fosse jogador do Palmeiras, estaria muito preocupado”, disse Nicolelis.

O professor falou do risco de o surto no Flamengo ultrapassar os limites Gávea com a ajuda da partida.

“Pode mandar mais gente para os hospitais, sobrecarregar médicos que já estão exauridos. Estudei um caso na Coreia do Sul no qual um surto num ônibus escolar se transformou num dos três maiores  do país”, contou.

Ele também explicou porque considera que a retomada da Libertadores tornou a situação pior para os integrantes das equipes. O surto de covid-19 no rubro-negro foi detectado após partidas no Equador pela competição continental.

“A Libertadores piorou as coisas. Você viaja para o exterior, fica no aviāo muito tempo, sem ventilação, se tem alguém contaminado é um risco grande”, disse o neurocientista.

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Palmeiras x Fla é o de menos. CBF precisa proteger jogadores na pandemia http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/palmeiras-x-fla-e-o-de-menos-cbf-precisa-proteger-jogadores-na-pandemia/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/09/palmeiras-x-fla-e-o-de-menos-cbf-precisa-proteger-jogadores-na-pandemia/#respond Wed, 23 Sep 2020 23:17:55 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=44463 O surto de covid-19 no Flamengo está longe de ser um caso esportivo sujeito a regulamentos e protocolos. Em português claro, que se danem os critérios da CBF e, se for preciso, que se dane o jogo com o Palmeiras.

O importante agora é cuidar dos infectados, proteger os palmeirenses e futuros adversários do Flamengo e descobrir o que aconteceu para evitar a repetição de surtos semelhantes.

A partida de domingo, no Allianz, só deve acontecer se médicos assegurarem que não há risco de novas contaminações. O Palmeiras já deveria ter exigido isso.

A brincadeira dos cartolas com o novo coronavírus já foi longe demais. Antes que alguém envolvido diretamente com Brasileirão e Libertadores morra, é preciso que os tais protocolos sejam revisados. Alguém ainda dúvida que estão furados?

Já que CBF e Conmebol não têm humildade para admitir o erro e suspender as competições, precisam tentar investigar o que aconteceu com o Flamengo e mudar procedimentos para tentar evitar novos surtos. Se bem que a experiência nessa pandemia nos mostra ser algo muito difícil de conseguir com a rotina de viagens e jogos a que os clubes se submetem.

Briguinhas clubísticas agora só colocam em risco a saúde dos profissionais que estão em campo. Aliás, jogadores e integrantes de comissões técnicas também precisam acordar e agir para protegerem uns aos outros. Já está claro que nas mãos dos cartolas a saúde deles não é tratada com o devido carinho.

 

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Clássico mostra que Domènec não sabe o que quer. Autuori deve querer mais http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/08/classico-mostra-que-domenec-nao-sabe-o-que-quer-autuori-deve-querer-mais/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/08/classico-mostra-que-domenec-nao-sabe-o-que-quer-autuori-deve-querer-mais/#respond Sun, 23 Aug 2020 16:18:47 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=44237 O empate em um gol no clássico deste domingo mostrou que Domènec Torrent ainda não sabe o que quer do Flamengo e que Paulo Autuori precisa querer mais do Botafogo, além de jogar por uma bola.

Torrent muda o Flamengo a todo tempo demonstrando claramente que ainda não encontrou sua fórmula ideal.

Neste domingo começou com Bruno Henrique centralizado no ataque. O rendimento não foi bom. Então, ele deslocou o atacante para esquerda, onde reinou no ano passado. Assim, o time melhorou.

É mais uma prova de que o treinador não cumpre rigorosamente o que disse ao ser contratado sobre mudar pouco o trabalho de Jorge Jesus em sua chegada.

Mudou tanto que o rubro-negro, na maior parte do jogo com o Botafogo, preferiu o passe lateral ou a bola recuada, deixando no passado o futebol agudo que fez o Flamengo ser temido em 2019.

Também diferentemente dos tempos de Jesus, os jogadores do Flamengo parecem não saber o que fazer em campo. Comprovação de que o treinador não deu, por enquanto, um padrão de jogo para a equipe.

Enquanto Torrent busca o que quer, Autuori sinaliza estar confiante de que encontrou o que desejava.

O técnico do Botafogo parece seguro de que a vocação de seu time, pelo menos diante de times com elencos teoricamente mais fortes, é jogar atrás e contra-atacar. Foi assim hoje. E quase deu certo, não fosse o gol de pênalti sofrido no último lance.

Na opinião deste blogueiro, porém, o alvinegro pode fazer mais. O time tem um entrosamento interessante e deveria aproveitar a velocidade de Luis Henrique não só para contra-atacar.

Com mais ímpeto ofensivo e qualidade na troca dos passes, o Botafogo ficaria muito mais forte.

Na soma do que os rivais apresentaram, tivemos um clássico entre equipes que podem ser bem melhores do que foram. No entanto, a emoção foi assegurada por dois gols no final.

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Missão da diretoria do Flamengo é menos difícil do que quando achou Jesus http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/07/missao-da-diretora-do-fla-e-menos-dificil-do-que-quando-encontrou-jesus/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/07/missao-da-diretora-do-fla-e-menos-dificil-do-que-quando-encontrou-jesus/#respond Sun, 19 Jul 2020 07:00:32 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=43972 O impacto da notícia da saída de Jorge Jesus na torcida do Flamengo sugere que a missão da diretoria de encontrar um substituto é mais difícil do que realmente é. Na opinião deste blogueiro, a tarefa é mais fácil do que foi quando a direção rubro-negra procurava alguém para a vaga de Abel Braga em 2019.

Naquela oportunidade, era necessário achar um comandante que fizesse um bom time jogar mais do que jogava. Mas não só isso. Era preciso botar a equipe no ataque e dar mais plasticidade ao estilo de jogo. Na verdade, o Flamengo procurava alguém para iniciar um novo projeto tático, o que não costuma ser simples.

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O elenco era forte, mas inferior ao que o sucessor do português receberá. Hoje o Flamengo tem um padrão consolidado.

A pressão pelas conquistas da Libertadores e do Campeonato Brasileiro é menos intensa do que quando Jesus chegou, já que os dois canecos foram levantados no ano passado.

Nesse cenário, os cartolas do Flamengo precisam encontrar um técnico que seja capaz de manter o que já foi construído. Pelo menos em tese, é menos complicado do que garimpar um profissional gabaritado para construir um grande projeto.

Talvez, o principal trabalho da direção seja fisgar alguém que não tenha o ego dilatado a ponto de querer fazer mudanças só pra não carregar o rótulo de herdeiro sortudo de Jesus.

Essa é uma das principais preocupações que os dirigentes rubro-negros devem ter. As outras são se certificar de que o novo técnico seja bom de vestiário, esteja disposto a jogar no ataque até fora de casa e tenha alergia a poupar jogadores.

Mas é importante a diretoria não esquecer como foi deixada na mão por Jesus. Desde o primeiro dia de trabalho do novo comandante é prudente pensar em criar um mecanismo que torne mudanças de treinadores menos traumáticas. No mundo ideal, sucessores devem ser preparados em casa, aprendendo com o chefe do momento.

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Ação da Globo reforça queixas sobre falta de debate antes de ‘MP do Fla’ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/06/acao-da-globo-reforca-queixas-sobre-falta-de-debate-antes-de-mp-do-fla/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/06/acao-da-globo-reforca-queixas-sobre-falta-de-debate-antes-de-mp-do-fla/#respond Thu, 25 Jun 2020 07:00:04 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=43758 Com seu pedido de liminar para tentar impedir que o Flamengo transmita ou  negocie a transmissão de jogos como mandante no Campeonato Carioca, a Globo engrossa o coro de parte dos dirigentes de clubes e de parlamentares. Eles afirmam ter faltado ao presidente Jair Bolsonaro ouvir outros interessados no assunto antes de publicar a Medida Provisória 984.

Os argumentos da emissora na ação na Justiça coincidem com a tese de cartolas e congressistas de que o presidente da República agiu para atender à vontade do rubro-negro e, ao mesmo tempo, alfinetar o grupo de comunicação, que tem como desafeto. Esse sentimento fez a medida ficar conhecida no Congresso Nacional como “MP do Flamengo”.

“Conforme declarado à imprensa pelas partes envolvidas, a MP foi editada para atender a um pedido específico do Clube de Regatas do Flamengo, que pretende, com a polêmica retomada do Campeonato Carioca, poder transmitir e televisionar seus próprios jogos”, escreveram os advogados da Globo no pedido de liminar.

Antes da Medida Provisória, um jogo só poderia ser televisionado com a concordância das duas equipes envolvidas. Nesse cenário, a maior rede de televisão do país, que comprou os direitos do Estadual do Rio, não poderia exibir os jogos do rubro-negro na competição, pois não entrou em acordo com ele. Por outro lado, o clube da Gávea também não poderia negociar separadamente suas partidas.

Agora, a emissora alega que a MP não pode ter valor retroativo afetando contratos assinados antes dela. Por isso pede que o Flamengo já não possa exibir seus jogos ou negociá-los enquanto a ação se desenrola. A Medida Provisória ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, mas está em vigor até que isso aconteça.

Como mostrou o “Blog do Rodrigo Mattos“, no pedido de liminar, os advogados da Globo deixam explicito o entendimento de que faltou debate, o que coincide com o pensamento de cartolas como Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG.

“Note-se bem: a discussão sobre a melhor forma de alocar os direitos de transmissão de um evento esportivo é legítima e precisa ser feita. O que não se pode admitir em ordenamentos jurídicos sérios é que isso se dê numa canetada para beneficiar aliados, sem qualquer debate sobre o tema”, escreveram os representantes da rede de TV na ação.

No último domingo, 21, o principal dirigente do Galo havia se queixado da falta de diálogo antes de a Medida Provisória ser assinada.

“Foi um voo solo do Landim. Acho que a forma como foi feita pegou todo mundo de surpresa, e isso incomodou os presidentes”, havia dito Sette Câmara.

Na ação, a Globo anexou entrevistas de cartolas criticando a falta de debate, como esse trecho atribuído a Mário Bittencourt, presidente do Fluminense: “o que nos preocupa inicialmente na publicação dessa Medida Provisória é ela ter sido feita num momento de pandemia quando tem tantos outros assuntos mais
emergenciais no país. Em segundo lugar, ter sido elaborada sem uma discussão ampla e profunda com os
maiores interessados, que são os clubes de futebol. Não houve um grande debate, não houve o esgotamento do tema.
Um tema que pode trazer muitos impactos econômicos e comerciais aos clubes”.

Também pela ausência de debate congressistas falam em modificações na MP, como mostrou o blog.

No pedido de liminar, a Globo diz que, incomodado com a situação atual, o Flamengo buscou ajuda de Bolsonaro para mudar a antiga regra relativa aos direitos de transmissão.

“Conforme amplamente noticiado
por inúmeros veículos de imprensa e relatado, em primeira pessoa,
pelo presidente do Flamengo em entrevista ao vivo para a TV Band,
em almoço com o presidente da República no último dia 17,
o Flamengo expôs a sua insatisfação e solicitou a mudança da regra que o impedia de dispor dos direitos de transmissão de uma partida sem a anuência da equipe contrária, no que foi prontamente atendido com a edição da MP”, escreveram os advogados da Globo na ação.

Eles também reproduziram no pedido de liminar trecho de entrevista televisiva dada por Rodolfo Landim, presidente do Flamengo para a Band.

Na conversa, de acordo com a reprodução feita pelos advogados da Globo, Landim diz o seguinte:

“Como vocês sabem o Flamengo, diferente dos demais clubes, não assinou o contrato de cessão dos direitos de transmissão com a rede de televisão que detém de todos os outros. Por causa disso, os jogos do Flamengo não vinham sendo transmitidos. Quando nós tivemos o problema de público, nós entramos em contato com eles para poder abrir para o público. Nós negociamos fazer isso com a abertura da mídia digital. […] A gente ficou conversando com o presidente ontem, teve essa posse do Ministro de Comunicações. Ele convidou a mim, ao Felipe Melo e ao próprio Ministro. Nós estávamos conversando e o presidente perguntou: ‘Vai voltar mesmo o futebol no Rio? E o televisionamento?’ Eu expliquei para ele em detalhes que a gente tem um problema na legislação que diz o seguinte: os dois clubes precisam aprovar para que um jogo possa ser passado. […] Dito isto, eu expliquei isso para o presidente, falei como ocorre em vários outros países, diversas outras ligas, onde o mandante tem direito sobre seus jogos. […] O Presidente entendeu isso,  disse que ia agir rapidamente, e eu recebi a notícia aqui de que ele acabou de publicar no Diário Oficial uma medida dizendo que o direito de imagem do clube é do mandante do jogo”.

Após reproduzirem as palavras do presidente flamenguista, os representantes da emissora concluem que “assim, sem que o tema tenha sido tratado com os demais clubes do país, com as federações de futebol, com veículos de mídia,
potenciais cessionários dos direitos, atletas e sindicatos ou
quaisquer das outras diversas entidades e pessoas impactadas direta
e indiretamente, mudou-se a norma que regia os Direitos de Arena
consagrada na Lei Pelé e em legislações anteriores desde 1973”.

Por sua vez, Landim chegou a dar e entrevista afirmando que a MP é boa para todos os clubes. A direção rubro-negra mantém o entendimento de que, enquanto o Congresso Nacional decide se aprova ou não a MP, a agremiação tem o direito de exibir ou negociar seus jogos como mandante.

Nesta quarta (24), o site do Flamengo publicou declaração do vice-presidente de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, exaltando a Medida Provisória.

“Entendemos que a MP para gente é uma carta de alforria, uma lei áurea. No estatuto do torcedor, o mandante tem que cumprir com suas responsabilidades e obrigações. A MP assinada é um sopro de esperança, e tomara que seja aprovada no Congresso Nacional. Essa é a nossa opinião”, disse o cartola.

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‘MP do Flamengo’ recoloca discussão sobre Liga Nacional em pauta http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/06/mp-do-flamengo-recoloca-discussao-sobre-liga-nacional-em-pauta/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/06/mp-do-flamengo-recoloca-discussao-sobre-liga-nacional-em-pauta/#respond Mon, 22 Jun 2020 12:43:40 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=43737 O deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), autor do projeto de lei que cria o clube-empresa, trabalha para aproveitar a análise da MP 984, que altera a venda de direitos de transmissão de jogos de futebol no Brasil, para tentar alavancar a criação de uma Liga de clubes.

Na última quinta (18), dia da publicação da Medida Provisória, ele conversou com representantes de agremiações sobre incluir a formatação da Liga na pauta. Porém, há entre pelo menos parte dos cartolas rejeição à ideia de discutir o tema no Congresso Nacional, mesmo sendo favoráveis a uma nova associação.

A Medida Provisória, conhecida como “MP do Flamengo”, dá ao mandante o poder de vender os direitos de transmissão referentes à partida. Antes, a comercialização precisava de autorização das duas partes.

Pedro Paulo vê um avanço no modelo definido por Jair Bolsonaro e que depende de aprovação do Congresso, mas entende que ele deve evoluir para uma negociação coletiva dos clubes com as emissoras de TV. É aí que entra a Liga.

“Acho que a gente tinha o pior modelo, com essa história de acordo entre mandante e adversário. Isso prejudicava muito o produto, dificuldades de distribuição, não dava segurança para o investidor. Com a MP a gente passou para um mundo melhor do que o anterior, que é o direito pertencer ao mandante. Só que é um mundo muito arriscado, porque você poder ter grandes ganhadores e grandes perdedores e você pode caminhar para um individualismo que pode, em longo prazo, reduzir a competitividade do Campeonato Brasileiro, que é um dos grandes diferenciais que a gente tem. Acho que o caminho que a gente tem que seguir é que esses direitos, ainda que pertençam ao mandante, sejam negociados coletivamente pelo clubes. Que o produto TV seja negociado por eles. Os clubes decidem como dividir”, disse Pedro Paulo.

O parlamentar explica o espaço que enxerga para a articulação de uma Liga. “Devemos aproveitar a MP e rediscutir os direitos de transmissão, dar um passo além do que foi dado. E pode ser uma oportunidade para provocar essa organização dos clubes em Liga. Acho que a Liga deveria ser uma discussão anterior aos direitos de transmissão, mas como essa MP atropelou, a gente pode fazer a partir dela a discussão, que inclui  os direitos de transmissão a partir dos interesses de uma Liga”, declarou o parlamentar.

Apesar de a criação de uma Liga Nacional ter sido discussão infrutífera durante décadas no país, o parlamentar entende que o debate nāo seria longo a ponto de nāo acompanhar o ritmo da tramitação da MP.

“Não acho uma discussão mais longa. É só você conversar com cada presidente de clube, todos eles querem a Liga. A questão é a CBF. Acho que ela deveria sair na frente e organizar isso, como fazem, por exemplo, os franceses. A Federação Francesa organizou a Liga profissional. E a Liga Profissional é parte da estrutura da Federação Francesa. Ou o modelo brasileiro pode seguir o modelo espanhol. Na minha opinião, em algum momento, isso (o sistema atual de relação entre clubes e CBF) vai se romper. Eu costumo dizer que vai ser no amor ou vai ser na dor. Ou a CBF organiza a Liga dos clubes e participa dela, ou isso vai acontecer como já foi o movimento do Clube dos 13” afirmou Pedro Paulo.

Ele ainda sugere que o Flamengo assuma a liderança da discussão sobre a fundação de uma nova associação de clubes. Isso por conta da vantagem financeira e esportiva que o clube abriu sobre os rivais e pela força demonstrada pelo rubro-negro com a MP. Um dia antes da publicação dela, Rodolfo Landim, presidente flamenguista, se reuniu com Bolsonaro.

O blog tentou falar com Landim por meio da assessoria de imprensa do Flamengo, mas não obteve resposta até a conclusão deste post.

Pelo menos parte dos dirigentes defende que a discussão sobre uma eventual Liga seja feita sem a participação de parlamentares.

“Acho que criação de Liga não é tema de deputado. É tema dos clubes. Não vejo sentido uma lei obrigar união de clubes, seria uma união forçada e não orgânica. Mas sou absolutamente favorável à união dos clubes, mesmo que nem todos estejam presentes no primeiro momento”, declarou Guilherme Bellintani, presidente do Bahia.

Segundo o dirigente baiano , a discussão sobre a formação de uma Liga sempre acontece entre os clubes. Vale lembrar que o modelo já é previsto na legislação brasileira.

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, defende que e os clubes se reúnam numa entidade só deles e crítica a forma como a MP foi feita.

“Nem dirigente e nem parlamentar havia falado comigo sobre o tema (relativo à MP). Foi um voo solo do Landim. Acho que a forma como foi feita pegou todo mundo de surpresa, e isso incomodou os presidentes. Mas como negócio, parece ser muito bom para os clubes grandes, e péssimo para os pequenos. Como penso no futebol como um todo, e não apenas olhando para o meu próprio umbigo, quero crer que o assunto precisa ser melhor debatido, embora esse parece ser um caminho sem volta, como já acontece em toda a Europa. Contudo, passa a ser muito mais importante agora que os clubes da Série A, a exemplo do que acaba de ocorrer na Série B, se unam através de uma associação, para que tenham muito mais força em negociações de todo tipo em favor dos clubes”,  afirmou o presidente do Galo.

Cartolas e parlamentares entendem que as discussões sobre a MP e a eventual criação da Liga vão esquentar nessa semana.

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Criticada por falta de debate, ‘MP do Flamengo’ deve sofrer alterações http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/06/criticada-por-falta-de-debate-mp-sobre-direitos-de-tv-e-alvo-de-mudancas/ http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/2020/06/criticada-por-falta-de-debate-mp-sobre-direitos-de-tv-e-alvo-de-mudancas/#respond Sun, 21 Jun 2020 07:00:23 +0000 http://blogdoperrone.blogosfera.uol.com.br/?p=43724

Criticada por parte do Congresso Nacional pela falta de debate sobre o tema, a Medida Provisória 984 assinada na última quinta pelo presidente Jair Bolsonaro para dar o poder de os clubes mandantes negociarem os direitos de TV deve ser alvo de alterações, segundo congressistas ouvidos pelo blog.

As mudanças seriam fruto de intensas discussões que os parlamentares mais interessados no assunto pretendem fazer. No entanto, ainda não é possível identificar as modificações mais prováveis na MP, que também trata de outros assuntos. Um deles é o fim do repasse da parte dos jogadores no dinheiro da TV para entidade de classe. O dinheiro passa a ser direcionando diretamente aos atletas participantes dos jogos.

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Há deputados federais e senadores que reclamam de o Governo Federal não ter promovido uma discussão sobre o tema antes de tomar a decisão.

O cheiro político no Congresso é de que a medida foi tomada por Bolsonaro para  tentar prejudicar a Globo e tendo o Flamengo como única fonte de inspiração entre os clubes. O presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, se encontrou com Bolsonaro na véspera de a MP ser assinada e não entrou em acordo com a Globo em relação aos direitos do Estadual do Rio de Janeiro.

Pelo menos parte dos parlamentares quer aproveitar o período de análise da MP para realizar o debate que acreditam ter faltado e sugerir mudanças.

“Acho que essa MP sofrerá algumas modificações no Congresso. Difícil passar algo no Congresso sem ouvir as partes interessadas. Precisamos ouvir os clubes, as Federações, a própria CBF, afinal são eles que organizam as competições”, afirmou ao blog o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

“Temos que aproveitar a MP e rediscutir os direitos de transmissão, dar um passo além do que foi dado”, disse o deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).

Autor do projeto que regulamenta o clube-empresa e tramita no Senado, ele entende que é um avanço definir o mandante como dono dos direitos. Até então, cada jogo só poderia ser transmitido com a anuência dos dois clubes envolvidos. No entanto, o deputado defende que os direitos de transmissão das competições sejam negociados coletivamente pelos times participantes.

A MP entrou em vigor na última quinta, mas precisa ser aprovada em plenário na Câmara e no Senado, além de poder ser alterada por meio de emendas. Caso seja aprovada com alteração, o presidente tem poder de vetar parcialmente ou integralmente o texto final.

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