Idade avançada pesou na decisão de Marin aceitar extradição
A idade avançada de José Maria Marin, o desgaste que ele sofreu durante o período em que ficou preso na Suíça e a possibilidade de conseguir prisão domiciliar em Nova York pesaram para o ex-dirigente não recorrer da decisão dos suíços, que determinaram sua extradição para os Estados Unidos.
Entrar com o recurso significaria ficar pelo menos cerca de mais três meses preso na Suíça até a decisão final.
Agora, ele vai para uma cadeia federal americana, provavelmente em Nova York, e deverá pedir prisão domiciliar na cidade, na qual tem um apartamento. Assim, poderia voltar a conviver com sua esposa. É um cenário bem menos tenebroso do que prolongar a estada no presídio suíço com poucas esperanças de retornar ao Brasil.
Seus 83 anos também serão usados como argumento para tentar conseguir a prisão domiciliar. A tese é de que uma pessoa de sua idade teria menos disposição e capacidade para bolar um plano de fuga. Caso aceite o pedido, a Justiça americana vai estipular uma fiança milionária, que serve como garantia de que ele não vai fugir durante o processo. Se for absolvido, o ex-cartola vai recuperar pelo menos a maior parte do dinheiro. Marin, acusado de crimes de corrupção, alega ser inocente.
Além de marcar o fim da longa espera do brasileiro sobre seu futuro, a extradição, que deve ocorrer até o próximo dia 7, significa o início de uma nova fase que pode ter reflexos no futebol brasileiro. Marin vai começar a se defender das acusações. Até agora havia feito uma defesa superficial, pois a questão principal era a extradição. Seus depoimentos podem levar os investigadores americanos a novos caminhos no Brasil, apesar de o ex-presidente da CBF afirmar desconhecer esquemas de corrupção em volta da entidade.
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