Liminar sobre afastamento de Del Nero espera por decisão desde julho
Enquanto pipocam na Justiça americana acusações contra Marco Polo Del Nero, no Brasil há mais de quatro meses que o pedido de afastamento do presidente da CBF em caráter liminar aguarda por uma decisão da Justiça.
No final de julho, o promotor Rodrigo Terra, do Rio de Janeiro, entrou com uma ação civil pública contestando assembleia feita em março pela confederação. Ele pede a destituição de Del Nero e toda sua diretoria por suposta irregularidade na reunião que deu peso maior ao voto das federações em relação aos clubes. O representante do Ministério Público solicita também o afastamento do cartola até o resultado definitivo do caso. Porém, a Justiça ainda não tomou uma decisão sobre a o pedido de liminar.
O primeiro entrave enfrentado pela ação foi uma dúvida da Justiça em relação às atribuições do promotor para cuidar do caso. Terra apresentou argumentação e conseguiu justificar sua posição.
Em setembro, a Justiça deu dez dias para a CBF apresentar sua versão antes de decidir sobre o pedido de liminar. A decisão desagradou ao promotor. Ele entendia não haver exigência de que a entidade fosse ouvida antes da análise do pedido de liminar.
Um oficial de Justiça foi designado para levar à confederação a citação sobre caso. Porém, o endereço informado pelo MP era o da antiga sede da instituição. Então, o documento voltou para a Justiça que o devolveu ao Ministério Público com um pedido para que o órgão decida o que pretende fazer agora.
Novamente, Terra ficou insatisfeito. O promotor avalia que o oficial de Justiça já deveria ter feito a citação no endereço atual da CBF. Segundo ele, a localização certa foi informada ao oficial já na visita ao local antigo e está dentro da área de atuação do profissional designado para fazer a citação. O promotor vai informar que deseja nova tentativa de citação, mas diz ainda não ter recebido a documentação de volta.
Para o Ministério Público, a confederação não poderia ter feito uma assembleia a fim de alterar as regras eleitorais da entidade sem a participação dos clubes. Na análise do promotor, tratou-se de uma manobra para impedir o aumento de poder de decisão dos times.
Por sua vez, a CBF nega ter cometido irregularidades. Assegura que a assembleia seguiu todas as exigências legais.
Del Nero também rechaça as acusações feitas nos Estados Unidos de que teria recebido propinas relativas a vendas de direitos de transmissões de jogos.
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