Sob pressão, Andrés aceita levar presidente do conselho à reunião com Caixa
Em sessão do Conselho Deliberativo do Corinthians na última segunda (30), Andrés Sanchez se comprometeu a levar o presidente do órgão, Antônio Goulart dos Reis a uma ou mais reuniões que mantiver com a Caixa por um acordo em relação à execução judicial movida pelo banco contra a Arena Itquera S/A, ligada ao clube e a Odebrecht.
O cartola alvinegro vinha sendo pressionado por conselheiros a autorizar a participação de Goluart nas tratativas como representante do conselho. Há um clima de desconfiança entre os opositores após relatos de Sanchez sobre assuntos relacionados à arena terem sido desmentidos por fatos recentes. Além disso, o dirigente foi lembrado de uma antiga decisão para que nada seja assinado em relação ao estádio corintiano sem aprovação do conselho.
Apesar de opositores terem comemorado o anúncio de Andrés como uma vitória política, Goulart é alinhado com o presidente da agremiação, além de ser aliado de Paulo Garcia, segundo colocado na última eleição corintiana.
Entre os principais fatos que geram desconfianças em relação a Andrés estão as declarações dele de que o clube tinha um acordo com Caixa que reduzia de novembro a fevereiro as prestações pelo financiamento de R$ 400 milhões feito por ela junto ao BNDES para bancar parte dos custos da construção da arena e que após um trato o clube nada mais devia para a Odebrecht.
Na reunião de segunda, o presidente corintiano afirmou que se expressou mal nas duas declarações. Ele disse que o pacto com o banco estatal não chegou a ser assinado, mas, mesmo assim, o clube pagou novos valores, como havia mostrado o blog. A Caixa aponta seis meses de atraso em 2019 até agosto, enquanto Andrés fala em duas prestações atrasadas. Por considerar o contrato descumprido, a credora optou pela execução exigindo o pagamento antecipado de R$ 536 milhões.
Segundo a Folha de S. Paulo, diretores de Corinthians e Caixa se reúnem nesta terça em São Paulo sem a presença de seus presidentes para iniciarem uma tentativa de acordo. Goulart só participará quando Andrés entrar em ação. Indagada desde a última sexta (27) pelo blog sobre se reunir com o clube, a instituição financeira não respondeu até a publicação deste post.
Sobre ter dito que o alvinegro nada mais devia para a Odebrecht, Andrés afirmou ao conselho que se referia à Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), não falava da Odebrecht Participações e Investimentos (OPI). O Corinthians se comprometeu a pagar uma parte do que essa empresa deve para a Caixa por conta de empréstimos feitos também para ajudar nos custos da construção. Como mostrou o blog, o clube ficou de quitar 25% do que a OPI dever para o banco. Não é possível calcular o valor neste momento, mas a expectativa é de que a quantia não ultrapasse R$ 160 milhões.
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