Topo

Perrone

Corinthians vê venda de nome da arena como trunfo em negociação com Caixa

Perrone

02/09/2020 11h00

A diretoria do Corinthians acredita que a venda dos namings rights da arena do clube vai ajudá-la a entrar em acordo com a Caixa Econômica Federal para encerrar ação de cobrança movida pelo banco.

O argumento é de que o alvinegro agora tem uma fonte substancial de receita fixa independentemente da arrecadação gerada pelos jogos em seu estádio.

Segundo clube e empresa, a Hypera Pharma pagará R$ 300 milhões pelo nome Neo Química Arena por 20 anos. As parcelas serão pagas anualmente.

Na negociação anterior feita para diminuir o valor das parcelas da dívida do fundo que administra a arena com a Caixa, o banco foi especialmente exigente em relação ao plano de negócios da casa corintiana. Isso com o objetivo de mensurar as condições que o devedor teria para pagar.

Na ocasião, não havia contrato de naming rights para turbinar as receitas da arena.

Houve atraso nos pagamentos e a Caixa entrou com a ação de execução cobrando R$ 536 milhões do fundo, controlado por Corinthians e Odebrecht. O clube discorda de multas aplicadas pela instituição financeira e avalia o débito em cerca de R$ 490 milhões.

Em agosto, como mostrou o blog, a Justiça acatou novo pedido feito pelas partes para suspender o processo por mais 30 dias enquanto os envolvidos tentam um acordo. Uma reunião pode acontecer ainda neste mês para tentar selar o fim da ação.

Por contrato, toda a receita gerada pelo estádio deve ser usada para pagar o financiamento de R$ 400 milhões feito junto ao BNDES, por meio da Caixa, para ajudar a bancar a construção do estádio.

Os cartolas acreditam que o contrato de venda dos Namings Rights muda o status do clube na negociação.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.