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Ganso coloca SPFC e DIS em xeque: é vender agora ou ter prejuízo maior

Perrone

06/07/2016 06h00

(Crédito: Rubens Cavallari/Folhapress)

O pedido de Ganso para ser negociado com o Sevilla iniciou um jogo de xadrez no qual o São Paulo já está em xeque. Ficou claro para a diretoria tricolor que, se o meia não tiver seu desejo de se transferir atendido, ele não irá renovar contrato, deixando o clube de graça em setembro do ano que vem.

A decisão do meia já era esperada pelo Sevilla, que agora coloca suas fichas num acerto entre DIS (braço esportivo do Grupo Sonda), detentora de 68% dos direitos econômicos do jogador, e São Paulo, dono de uma fatia de 32%, para o negócio ser concretizado.

O clube espanhol, que já teve uma oferta recusada pelo São Paulo, como revelou o blog, não aceita pagar mais do que 8 milhões de euros pelo atleta. Age dessa forma sob a justificativa de que seis meses antes do final de seu acordo atual poderá assinar um pré-contrato. Essa quantia é considerada baixa pela direção são-paulina por causa da porcentagem a que o time tem direito.

Os espanhóis acreditam que, após o lance dado por Ganso, São Paulo e DIS vão movimentar suas peças visando reduzir prejuízos. Nesse cenário, a expectativa é de que os são-paulinos tentem convencer a empresa a aceitar pouco menos do que teria direito para que as duas partes não fiquem de bolsos vazios em setembro.

Assim, do jeito que está o tabuleiro hoje, o jogo passou a ser uma disputa para ver quem perde menos dinheiro: DIS ou São Paulo, ou ainda se o Sevilla gasta mais do que planejou para ter o meia.

Em posição confortável está Ganso, que se for para o Sevilla deve receber o equivalente a R$ 683 mil mensais livres de impostos. Hoje ele ganha R$ 300 mil por mês. E, caso não seja vendido, o meia ainda terá grande chance de abocanhar uma bolada de um novo clube em setembro, já que o interessado não terá de pagar pelos direitos econômicos.

A situação marca uma reviravolta na relação entre Ganso, que topa ficar até o fim da Libertadores, e o clube paulista. Por cerca de três anos o jogador esperou renovar contrato e ganhar aumento. Mas, em meio a atuações irregulares, o São Paulo não bateu o pênalti.

O abacaxi acabou ficando com Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, eleito em outubro do ano passado para presidir o clube. Ele viu Ganso subir de produção e agora sente a ameaça de ver os R$ 16,4 milhões investidos no atleta em 2012 virarem pó. Numa negociação por 8 milhões de euros, como quer o Sevilla, os 32% tricolores equivalem a R$ 9,28 milhões.

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Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.


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