França, ex-São Paulo e primeiro 'fatiado', tinha mais de 20 donos
No segundo post sobre divisão de direitos econômicos, o blog conta a história do primeiro atleta "fatiado" do país, de acordo com o polêmico agente Wagner Ribeiro. Ele assegura que França, ex-atacante do São Paulo, foi o pioneiro entre os atletas com direitos repartidos. E, pelo que diz o empresário, um dos próximos a fazer parte dessa modalidade já é seu cliente, o adolescente do Corinthians, Fabrício Oya.
Ribeiro explica a história de França:
"O primeiro a ser fatiado foi meu. Em 1997, trouxe o França do XV de Jaú para o São Paulo com 22 sócios. Ficaram 50% dos direitos com a gente e 50% com o São Paulo. Nós colocamos R$ 600 mil no XV de Jaú. Esse dinheiro virou pó e o time não subiu. Resolvemos romper com o XV. Em pagamento, o clube deu três jogadores. Os outros eram Auecione e o Sandro, que jogou no Coritiba. O França deu lucro, os outros viraram pó. Então, eu fui o primeiro a fatiar. O França foi vendido para o Bayer Leverkusen por US$ 8 milhões ."
Pela cotação do meio do ano de 2002, quando França foi vendido, U$ 8 milhões valiam aproximadamente R$ 20,8 milhões. Se os 22 sócios ficaram com R$ 10,4 milhões e dividiram o dinheiro em partes iguais, cada um embolsou R$ 472,7 mil. Em média, o investimento de cada membro do grupo no XV de Jaú, cerca de cinco anos antes, tinha sido de R$ 27,2 mil.
Depois de trabalhar com França, Ribeiro foi agente de Kaká, Robinho, Lulinha e Ilsinho, entre outros. Hoje, na sua lista de clientes estão Neymar, apesar de o pai do atacante ser o principal controlador da carreira do filho, Gabriel (Santos) e pelo menos oito jogadores das categorias de base do Corinthians. No Parque São Jorge, o agente prevê dividir no ano que vem os direitos econômicos de Fabrício Oya, de 15 anos.
"Não sou investidor, sou agente. Brigo para que o jogador fique com uma parte dos direitos. Eu ganho dinheiro na transferência, com comissão. Hoje, tenho o melhor jogador de base do Brasil. O Fabrício Oya ganhou todos os prêmios num campeonato recentemente na Europa, fez sete gols em cinco jogos. O Liverpool já mandou carta, o Corinthians sabe do potencial dele, o Andrés Sanchez já me deu bronca. Ele só tem contrato de formação com o Corinthians, vai poder assinar um contrato mesmo no ano que vem, quando faz 16 anos. Se eu quiser, tiro do Corinthians. Sabe o que vai acontecer? Ele vai assinar com o Corinthians, mas vou pedir uma parte dos direitos para o jogador", afirmou Ribeiro.
Não é por acaso que seu cliente Gabriel, que acaba de renovar com o Santos, já tem 40% de seus direitos econômicos. Os outros 60% pertencem ao clube. "Seis meses antes do fim do compromisso, o jogador pode assinar um pré-contrato e sair de graça. Fico com a faca e o queijo na mão para pedir que o clube dê uma porcentagem ao atleta", declarou o agente. Simples assim.
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