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Jogador no Brasil é fatiado em até 4 partes; veja como estão 32 atletas

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07/10/2014 15h47

Se o seu time vender o principal jogador da equipe, você sabe qual porcentagem do dinheiro ficará com o clube? Em tempos de direitos econômicos divididos entre agremiações, clubes, empresas, agentes, investidores individuais e até atletas é difícil responder à pergunta. Por isso, o blog fez um levantamento mostrando quem tem participação nos direitos econômicos de 32 atletas do país.

O resultado mostra jogadores com até quatro donos de seus direitos econômicos. Os mais fatiados entre os pesquisados são os corintianos Malcom e Cássio, o cruzeirense Dedé e Robinho, do Coritiba. Dedé tem até um investidor individual, conhecido no meio do futebol como Salton.

No caso de Dedé, o clube não é dono de nenhuma das fatias do zagueiro. Porém, o Cruzeiro tem a opção de comprar 50% dos direitos econômicos do jogador em dezembro deste ano.

O retalhamento dos direitos do beque se justifica pela dificuldade do clube em encontrar um só investidor que estivesse disposto a pagar cerca de 7 milhões de euros para tirar o jogador do Vasco.

Diferentemente do que aconteceu com o clube mineiro, o Corinthians não precisou de investidores para comprar Malcom, formado em suas categorias de base. Nesse caso, o fatiamento do atacante reflete a necessidade do clube de recorrer a parceiros para obter recursos.

Outra negociação que mostra a dependência dos times em relação a investidores é a contratação do chileno Aránguiz feita pelo Internacional. O jogador pertence 100% à empresa DIS, ligada ao Grupo Sonda. Por sua vez, o Colorado tem a opção de compra de metade dos direitos econômicos até janeiro de 2015.

O mapa da divisão de jogadores também registra o caso curioso do atacante Kléber, que joga no Vasco mas é dividido entre outros dois clubes: Grêmio e Cruzeiro.

O levantamento, feito por meio de empresários, dirigentes e executivos de empresas, mostra que, ao contrário do que chegou a ser noticiado, Jadson não é dono de parte de seus direitos econômicos desde a transferência para o Corinthians. A divisão é feita em partes iguais entre o alvinegro e a Mamabru, empresa que cuida da carreira do meia.

Confira no álbum acima a divisão dos direitos econômicos de 32 jogadores que confirma a relevância do desejo da Fifa de impedir que empresas e agentes tenham fatias dos atletas.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.